R. Kelly novamente acusado. Agora de sequestro
O cantor e produtor musical R. Kelly foi acusado esta sexta-feira de ter sequestrado duas mulheres, mas a polícia de Chicago depois de o ouvir e às duas mulheres que estavam na sua casa anunciou que essa denúncia era falsa.
Esta situação aconteceu um dia depois de R. Kelly ter sido alvo de um "ataque" pelo ar: a associação Ultraviolet, um grupo feminista norte-americano que defende mudanças políticas e culturais na sociedade, pagou ao dono de uma avionete para este passar pelos céus da cidade de Culver City (ele vive o produtor e cantor) mostrando uma faixa onde se lia "RCA/SONY: Afastem o predador sexual R. Kelly".
No caso desta sexta-feira, a polícia foi à Torre Trump depois de receber um telefonema anónimo a dizer que o autor, entre outras canções, do sucesso "I Believe I Can Fly", do filme Space Jam: O jogo do século", estaria no apartamento com duas mulheres e que estas estavam lá contra a sua vontade.
De acordo com o site TMZ os agentes interrogaram Kelly e as mulheres que terão dito aos cinco agentes que estavam ali de forma voluntária e que não havia problemas. Perante estas declarações a polícia terá deixado a casa sem mais diligências apesar de, segundo a notícia, os pais das jovens terem acusado o cantor de lhes ter feito uma "lavagem cerebral".
O final de semana foi complicado nesta relação entre R. Kelly e a polícia pois na quinta-feira (dia 10 janeiro) os agentes também foram chamados a um clube de Chicago depois de ter sido anunciado que existiria um mandado de detenção para o cantor. O que não era verdade, tendo a festa continuado. O Procurador do Condado de Cook, Kimberly Foxx, pediu então publicamente que quem tivesse sido vítima de Kelly apresentasse queixa, o que não aconteceu.
Neste mesmo dia, o cantor, que desde 2002 está no centro de várias polémicas relacionadas com eventuais abusos sexuais de menores - nesse ano foram 21 as queixas que levaram a que fosse preso, julgado e absolvido de todas as acusações - viu a sua filha Buku Abi divulgar um texto no Instagram em que apelidava o pai de "monstro".
Nessa publicação Abi diz estar a rezar "por todas as famílias e mulheres que foram vítimas do meu pai". Hoje com 21 anos e sem qualquer tipo de relação com o pai, Buku Abi lembra que ela e os irmãos não estão com o cantos "há anos. Com a minha mãe é igual. O mesmo monstro que vocês procuram confrontar é o meu pai. Sei bem quem e o que ele é".
"Cresci naquela casa e optei por não falar sobre ele e sobre o que ele faz para poder encontrar alguma paz de alma. Tenho de prosseguir com a minha vida da forma que seja a melhor para mim", frisa Buku Abi, que foi batizada com o nome de Joann Kelly e é um dos três filhos da relação que o cantor teve com Andrea, da qual se separou em 2006 após acusações de violência doméstica.