Macron mantém Parlamento após vitória da extrema-direita
O presidente francês, Emmanuel Macron, não irá dissolver o Parlamento após a vitória do partido da extrema-direita União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu, afirmou esta segunda-feira a porta-voz do governo gaulês.
Sibeth Ndiaye, em declarações ao canal francês BFM, rejeitou o apelo de Marine le Pen para novas eleições ao sublinhar que os resultados não provocaram "uma crise política".
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, "tem toda a confiança do Presidente", realçou a porta-voz.
A União Nacional (RN, em francês), de Marine Le Pen, obteve um total de 5,3 milhões de votos, mais 200 mil que os 5,1 milhões do partido de Macron, A República em Marcha (LREM). Em termos percentuais, a diferença corresponde a nove décimas: 23,31% e 22,41%, respetivamente.
Marine Le Pen pediu domingo a dissolução da Assembleia Nacional para a tornar "um instrumento representativo do país".
"O voto na RN é um voto por França e pelo seu povo. Isso é vital e feliz para um país que navega num estado de confusão. Em face da desvantagem democrática desta noite (domingo), é necessário retirar as conclusões necessárias", disse Le Pen.
"Ele [o Presidente Macron] não tem alternativa, tem de dissolver a Assembleia Nacional para a tornar um instrumento representativo do país", acrescentou, repetindo uma posição que tem assumido várias vezes desde o início dos protestos do movimento dos 'coletes amarelos' (movimento social que se tem manifestado contra as políticas do Governo francês).
Marine Le Pen disse que os resultados esperados "confirmam a nova divisão entre nacionalistas e globalistas".