Espanhóis preferem governo de coligação e Iglesias é o favorito na aliança com Sánchez

Barómetro do Centro de Investigações Sociológicas diz que 45% dos inquiridos defendem uma coligação de governo com vários partidos, face a 38,2% que defendem um governo de minoria do partido mais votado, o PSOE.
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Os socialistas venceram as legislativas espanholas de 28 de abril, mas sem maioria no Parlamento. Pedro Sánchez terá por isso que procurar apoios entre os outros partidos, nem que seja para conseguir ser investido primeiro-ministro.

O último barómetro do Centro de Investigações Sociológicas (CIS), conhecido hoje, revela que a maioria dos espanhóis defendem uma coligação de governo entre vários partidos. É a escolha de 45,2% dos 2985 inquiridos, enquanto 38,2% acham que deveria governar o partido mais votado, apesar de não ter maioria absoluta no Parlamento.

Dentro dos que defendem a coligação, questionados sobre as hipóteses para esta se concretizar, a aliança preferida é a do PSOE com a Unidas Podemos, de Pablo Iglesias, e o apoio dos nacionalistas não independentistas. É a opção escolhida por 34,1%, enquanto 16,1% apostam pela inclusão dos independentistas. Um governo de aliança entre o PSOE e o Ciudadanos é a escolha de 24,5%.

Dentro dos que defendem uma coligação, há contudo 7,9% que preferem um governo minoritário do PSOE com apoios pontuais de outros partidos. Parece ser também nesse sentido que está virado o primeiro-ministro espanhol, que tem defendido a ideia de um "governo em solitário", especialmente depois do desaire eleitoral do Podemos nas eleições europeias, municipais e autonómicas do último domingo.

O secretário de Organização do PSOE, José Luis Ábalos, abriu esta quinta-feira a porta a uma fórmula que inclua membros do Podemos no governo sem a existência de uma coligação. "Coligação é um termo de que não gostamos", disse à Antena 3. "Uma coligação faria sentido se ambas as formações somadas dessem a maioria absoluta", indicou, lembrando que é preciso recorrer a outras forças. Daí que a Unidas Podemos possa ser o "sócio programático prioritário", considerando que a fórmula de incorporar independentes nomeados por este partido no governo pode até ser "melhor para o Podemos":

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