O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, agradeceu o apoio do Brasil na luta pelo que chamou "de momento importante" para o seu país, ao ser recebido no Palácio do Planalto pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro, do PSL. Ele defendeu a preservação de direitos humanos e a retomada da economia. "A relação entre Venezuela e Brasil é muito positiva, sobretudo para minimizar os conflitos. Este é um momento importante para a Venezuela", destacou..Guaidó afirmou que 300 mil venezuelanos sofrem risco de vida sob o regime de Nicolás Maduro, presidente do país. "Não existe um dilema na Venezuela entre guerra e paz, existe um dilema entre democracia e ditadura, entre a miséria e a prosperidade", afirmou o presidente interino. "Não existe paz quando matam indígenas na fronteira, quando se persegue presos políticos", completou..O líder venezuelano criticou o cerceamento de direitos humanos e a estagnação da economia do país. "Seguiremos lutando pelo ingresso da ajuda humanitária. Nossa luta é constitucional para construir um governo de transição para uma eleição livre e democrática", concluiu..A seu lado, Bolsonaro aproveitou para atacar os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, que o precederam. "Tenho que fazer um mea culpa aqui. Não podemos aceitar que um país rico esteja enfrentando uma situação como essa que o país vive no momento". "Mas eles [a esquerda] gostam tanto de pobres que acabaram multiplicando-os. Continuaremos trabalhando para restabelecer a democracia na Venezuela. Continuamos apoiando o Grupo de Lima [conjunto de países vizinhos da Venezuela contrários ao presidente Nicolás Maduro] para restabelecermos a igualdade e a democracia".."Nós não pouparemos esforços dentro, obviamente, da legalidade, da nossa Constituição e das nossas tradições, para que a democracia seja restabelecida na Venezuela. E todos nós sabemos que isso será possível através, não apenas de eleições, mas de eleições limpas e confiáveis", afirmou ainda o presidente brasileiro..Enquanto Guaidó estava no Planalto, um grupo de pessoas protestava contra a presença do líder oposicionista venezuelano na Praça dos Três Poderes, em frente ao palácio..Também nesta quinta, o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, afirmou que receberá Guaidó nas próximas horas em Assunção..O autoproclamado presidente interino da Venezuela chegou ao Planalto na companhia do ministro dos negócios estrangeiros brasileiro, Ernesto Araújo, antes de encontro rápido com o presidente Jair Bolsonaro. Antes, Guaidó esteve na delegação da União Europeia, onde se reuniu com embaixadores europeus..A Venezuela enfrenta uma profunda crise política, económica e social, com a inflação acima de 1 000 000% ao ano, milhares de pessoas a fugir do país e líderes da oposição a denunciarem perseguição política. O Brasil está entre os países que não reconhecem Maduro como presidente da Venezuela. .Na semana passada, Maduro determinou o fecho da fronteira da Venezuela com o Brasil, em Pacaraima, no Roraima..Para o presidente venezuelano há uma tentativa de golpe de estado por parte do Grupo de Lima e liderada pelos Estados Unidos..Em São Paulo