Coreia do Sul dispara tiros de aviso contra avião militar russo

A Coreia do Sul anunciou hoje ter disparado tiros de aviso contra um avião militar russo que violou o espaço aéreo sul-coreano. Russos negam acusações.
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Aviões de combate sul-coreanos dispararam centenas de tiros de advertência contra um avião militar russo que entrou no espaço aéreo sul-coreano, enquanto Moscovo negou violar o espaço aéreo e acusou os pilotos sul-coreanos de imprudência.

A primeira violação, segundo a Coreia do Sul, ocorreu depois das 09.00 (01.00 em Lisboa) e durou três minutos. Vinte minutos depois, o avião russo de vigilância aérea, um A-50, entrou novamente no espaço aéreo sul-coreano por mais quatro minutos. Em resposta, a Força Aérea sul-coreana enviou caças F-15 e F-16 que dispararam tiros de aviso.

"O exército sul-coreano tomou medidas táticas, incluindo o lançamento de foguetes e disparos de advertência", disse o comunicado do Ministério da Defesa da Coreia do Sul.

O incidente ocorreu perto das Ilhas Dokdo, reivindicadas pelo Japão (que as chama de Takeshima) e​​​​ que acusa a Coreia do Sul de ocupá-las ilegalmente. Antes, dois bombardeiros russos TU-95 e dois bombardeiros H-6 chineses tinham entrado no espaço áereo sul-coreano.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), que cita fonte governamental, é a primeira vez que um avião russo viola o espaço aéreo sul-coreano. Segundo o Ministério da Defesa russo, os dois aviões realizaram um voo planeado, mas não violaram o espaço aéreo de Seul, porque sobrevoaram "águas neutrais do Mar do Japão", cerca de 25 quilómetros ao largo das ilhas disputadas. Moscovo, que não reconhece a chamada zona de identificação de defesa aérea da Coreia, negou que os seus aviões tenham recebido tiros de advertência. E não fez qualquer referência ao A-50.

Seul vai apresentar um protesto oficial obre as violações cometidas pela China e pela Rússia.

Chung Eui-yong, chefe do Departamento de Segurança Nacional da Coreia do Sul, expressou forte objeção pelo sucedido a Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, e pediu a este para avaliar o incidente e tomar medidas apropriadas.
"Encaramos esta situação muito seriamente e, se for repetida, tomaremos uma ação ainda mais forte", disse Chung,

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