EUA irritados com aterragem de bombardeiros russos na Venezuela

Secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo não poupou palavras no Twitter. Governo russo fala em falta de diplomacia do governo americano. Venezuela diz que exercícios militares com aliado russo são para continuar
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Estados Unidos e Rússia vivem novos momentos de crispação, depois de dois bombardeiros russos Tu-160, com capacidade para transportar mísseis nucleares, terem aterrado, esta segunda-feira, no aeroporto Simón Bolivar,de Caracas, na Venezuela.

O secretário de estado norte-americano Mike Pompeo não poupou palavras, classificando o episódio como "o esbanjamento de fundos públicos" por parte de "dois governos corruptos", na sua conta de Twitter,

Numa reação à declaração pública de Pompeo, o governo russo considerou-a, por sua vez, "completamente inapropriada". O porta-voz de Vladimir Putin, Dmitry Peskov classificou mesmo as declarações do secretário de Estado norte-americano como "muito não diplomáticas".

Os dois bombardeiros russos aterraram no aeroporto de Caracas esta segunda-feira, juntamente com outros dois aviões militares russos, no "âmbito de um exercício militar conjunto", entre a Venezuela e a Rússia, indicou o governo venezuelano.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, garantiu que os exercícios militares conjuntos são para prosseguir . "Vamos fazer isto com os nossos amigos, porque temos amigos no mundo que defendem relações respeitosas e equilibradas", afirmou Padrino, citado na BBC News.

A presença dos bombardeiros russos na Venezuela acontece uma semana depois de o presidente venezuelano Nicolas Maduro ter feito uma visita à Rússia.

Moscovo tem apoiado financeiramente o seu aliado na América Latina e Putin deixou claro durante a visita do seu homólogo venezuelano que esse apoio é para manter.

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