Antigo porteiro diz ter sido pago para não revelar segredo sexual de Trump
Dino Sajudin trabalhava como porteiro nas Trump World Tower, de Donald Trump, e via e ouvia muita coisa. Foi assim que ficou a par de um boato sobre o patrão. Ele teria tido um caso, no final da década de 80, com uma empregada, relação da qual teria nascido um filho.
Por essa informação, Dino alega ter recebido cerca de 25 mil euros, da revista cor-de-rosa National Enquirer - agora Radar Online - que lhe teria comprado a história, acabando por nunca a publicar.
O caso voltou esta quinta-feira a ribalta: "Hoje acordei para saber que um acordo confidencial que eu mantive com a National Enquirer, em relação a uma notícia sobre o presidente Trump, vazou para a imprensa", disse o porteiro num comunicado enviado à CNN. "Posso confirmar que enquanto trabalhava na Trump World Tower fui instruído para não criticar a ex-empregada do presidente Trump devido a um relacionamento anterior que eles viveram e que originou uma criança".
A CNN salienta que esta sugestão de Sajudin de que Trump teve um filho fora do casamento não foi confirmada de forma independente por nenhum dos meios de comunicação que investigaram a história, nomeadamente a New Yorker e a Associated Press.
Ambas as agências explicam que a National Inquirer comprou a história para depois a enterrar, como um favor ao atual presidente norte-americano.
A história da New Yorker também menciona o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, o mesmo que se encontra envolvido no caso do alegado pagamento à atriz pornográfica Stormy Daniels.
Segundo a investigação desta publicação, dois ex-funcionários da revista cor-de-rosa "disseram acreditar que Cohen estava em contacto próximo com os executivos da National Enquirer, enquanto os repórteres da empresa analisavam a história de Sajudin".
Entretanto, aa editora da National Enquirer reagiu. A American Media Inc. (AMI) disse "negar categoricamente" a alegação no centro destas notícias.
"A AMI categoricamente nega que Donald Trump ou Michael Cohen tenham tido algo a ver com a decisão de não seguir uma história sobre um 'filho bastardo' que se mostrou não ser viável", disse a AMI em comunicado. "Além disso, a AMI nega enfaticamente qualquer sugestão de que possa ter havido alguma 'parceria' criada que possa influenciar quaisquer laços comerciais em relação à AMI. Essas alegações são imprudentes, infundadas e falsas. "
A Casa Branca ainda não comentou este assunto.
Já são três as denúncias de pagamentos para comprar silêncio
Foi recentemente noticiado que a AMI também teria pago à ex-modelo da Playboy Karen McDougal cerca de 120 mil euros, em agosto de 2016, pelo seu alegado caso de nove meses com Trump. Um acordo que teria possibilitado também à ex-modelo escrever colunas fixas na revista sobre envelhecimento e condicionamento físico. Trump nega igualmente este caso, sendo que a história nunca foi publicada.
Stephanie Clifford - Stormy Daniels - foi outra atriz porno que disse ter sido paga pelo advogado pessoal de Trump, Cohen, para ficar calada sobre outra suposta relação com Trump. O presidente americano nega este caso.
As autoridades estão a investigar esse pagamento, tendo esta semana efetuado buscas no escritório do advogado Michael Cohen.