Hillary Clinton vai apoiar candidatura de Joe Biden ainda esta terça-feira
Hillary Clinton usou a sua conta na rede social Twitter para revelar que será a "convidada surpresa" de uma mesa redonda virtual que os reunirá numa iniciativa de campanha do Partido Democrata.
Em resposta a esta mensagem, Joe Biden respondeu, também no Twitter, usando um dos slogans de Hillary Clinton, na campanha presidencial de 2016: "Estou com ela!".
Joe Biden deverá ser escolhido como candidato democrata à Casa Branca na convenção do Partido Democrata, em agosto, depois do abandono de todos os outros adversários, nas primárias.
O ex-vice-Presidente tem reunido o apoio de quase todas as figuras mais relevantes do seu partido, incluindo Barack Obama, com quem partilhou a Casa Branca, durante oito anos, e Nancy Pelosi, líder da maioria democrata na Câmara de Representantes do congresso.
Mais de 2.500 personalidades democratas juntaram-se ao esforço de Biden para tentar derrotar o candidato republicano, o atual Presidente, Donald Trump, que se recandidata a um segundo mandato, nas eleições presidenciais que se realizam em 03 de novembro.
Perante o prenúncio de endosso de Hillary Clinton, o diretor de campanha de Biden, Brad Parscale, reafirmou a mensagem de que o candidato democrata tem "a mais abrangente base de apoio" que alguma vez o partido conseguiu.
Esta base de apoio contrasta com a forte divisão que Hillary Clinton trouxe para o Partido Democrata, na sua candidatura de 2016.
Biden já prometeu que escolherá uma mulher para se candidatar ao lugar de vice-Presidente, uma decisão que Hillary Clinton saudou.
Enquanto primeira-dama, quando Bill Clinton chegou à Casa Branca, e enquanto secretária de Estado de Obama, Hillary foi sempre uma voz ativa na discussão sobre os direitos das mulheres.
"Os direitos humanos são direitos das mulheres e os direitos das mulheres são direitos humanos", defende Hillary Clinton, que deverá trazer esta discussão para a mesa de conversa, esta terça-feira com Joe Biden, no momento em que anunciará o seu apoio ao candidato democrata.
Outro tema central das conversas entre os democratas é a interferência da pandemia de covid-19 nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, no momento em que sondagens dizem que 67% dos norte-americanos acreditam que o ato eleitoral pode vir a ser perturbado por causa da crise sanitária.
Sete em cada 10 pessoas são favoráveis a que a votação possa ser feita por correspondência, de forma voluntária, enquanto a maioria acredita que todas as próximas eleições deveriam apenas realizar-se por correio.
Joe Biden disse na semana passada que Trump tudo fará para adiar as eleições presidenciais, invocando a pandemia, para preservar as suas hipóteses de reeleição.
O Presidente já rejeitou esta possibilidade.
"Eu nunca pensei em mudar da data da eleição. Por que faria eu isso?", disse Trump, acrescentando que está "ansioso" pelo ato eleitoral.