Depois do ataque em Pensacola, EUA suspendem treino de militares sauditas

A decisão surge na sequência do ataque levado a cabo por um segundo-tenente da Força Aérea saudita na base naval de Pensacola, no estado da Florida. Três pessoas morreram.
Publicado a
Atualizado a

O Pentágono decidiu terça-feira suspender temporariamente o treino de todos os militares sauditas atualmente formados em solo americano, após o ataque de Pensacola em que três militares americanos foram mortos por um elemento da Força Aérea saudita.

O treino operacional para o pessoal militar saudita será retomado após uma revisão dos procedimentos de segurança e verificações de antecedentes para todo o pessoal militar estrangeiro atualmente treinado nos Estados Unidos, disse um alto funcionário do Departamento de Defesa dos EUA, que solicitou anonimato.

Esta revisão dos procedimentos, ordenada pelo vice-ministro da Defesa, David Norquist, deverá demorar entre cinco a dez dias, avançou um outro responsável do Pentágono.

No total, onze pessoas foram atingidas a tiro, incluindo dois policias que foram os primeiros a responder ao ataque, um dos quais matou o atirador, afirmou o xerife do condado de Escambia, David Morgan. Um dos polícias foi baleado no braço e o outro no joelho.

A Arábia Saudita recorre aos Estados Unidos para treinar os seus militares e este estudante de aviação estava na base ao abrigo desses protocolos. O Rei saudita Salman bin Abdelaziz demarcou-se do autor do tiroteio e assegurou que este "não representa os sentimentos do povo" da Arábia Saudita.

"O Rei Salman de Arábia Saudita acaba de me ligar para expressar as suas sinceras condolências e para dar os seus pêsames aos familiares e amigos dos militares que foram assassinados e feridos", escreveu o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sua conta na rede social Twitter.

O homem que abriu fogo na base de Pensacola chamava-se Mohammed Alshamrani, tinha 21 anos, era segundo-tenente da Força Aérea da Arábia Saudita.

Mas há testemunhos que indicam que o saudita terá mostrado sinais de que poderia estar prestes a cometer um ato violento: no dia anterior, num jantar entre colegas, Mohammed Alshamrani passou a noite a visualizar vídeos de tiroteios em massa, avançou o The New York Times . Além disso, segundo a CNN,as autoridades suspeitam que fosse também o autor de um tweet publicado doze minutos antes do ataque, no qual declarava ódio ao povo americano, devido aos "crimes" cometidos contra os muçulmanos.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt