Depois do ataque em Pensacola, EUA suspendem treino de militares sauditas
O Pentágono decidiu terça-feira suspender temporariamente o treino de todos os militares sauditas atualmente formados em solo americano, após o ataque de Pensacola em que três militares americanos foram mortos por um elemento da Força Aérea saudita.
O treino operacional para o pessoal militar saudita será retomado após uma revisão dos procedimentos de segurança e verificações de antecedentes para todo o pessoal militar estrangeiro atualmente treinado nos Estados Unidos, disse um alto funcionário do Departamento de Defesa dos EUA, que solicitou anonimato.
Esta revisão dos procedimentos, ordenada pelo vice-ministro da Defesa, David Norquist, deverá demorar entre cinco a dez dias, avançou um outro responsável do Pentágono.
No total, onze pessoas foram atingidas a tiro, incluindo dois policias que foram os primeiros a responder ao ataque, um dos quais matou o atirador, afirmou o xerife do condado de Escambia, David Morgan. Um dos polícias foi baleado no braço e o outro no joelho.
A Arábia Saudita recorre aos Estados Unidos para treinar os seus militares e este estudante de aviação estava na base ao abrigo desses protocolos. O Rei saudita Salman bin Abdelaziz demarcou-se do autor do tiroteio e assegurou que este "não representa os sentimentos do povo" da Arábia Saudita.
"O Rei Salman de Arábia Saudita acaba de me ligar para expressar as suas sinceras condolências e para dar os seus pêsames aos familiares e amigos dos militares que foram assassinados e feridos", escreveu o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sua conta na rede social Twitter.
O homem que abriu fogo na base de Pensacola chamava-se Mohammed Alshamrani, tinha 21 anos, era segundo-tenente da Força Aérea da Arábia Saudita.
Mas há testemunhos que indicam que o saudita terá mostrado sinais de que poderia estar prestes a cometer um ato violento: no dia anterior, num jantar entre colegas, Mohammed Alshamrani passou a noite a visualizar vídeos de tiroteios em massa, avançou o The New York Times . Além disso, segundo a CNN,as autoridades suspeitam que fosse também o autor de um tweet publicado doze minutos antes do ataque, no qual declarava ódio ao povo americano, devido aos "crimes" cometidos contra os muçulmanos.