Covid-19. Milhares protestam em Londres contra novas restrições
Com a palavra de ordem "Liberdade" e empunhando cartazes com frases como "Não consentimos", "Não às vacinas obrigatórias" e "Covid 1984", milhares de pessoas juntaram-se no centro de Londres, na praça Trafalgar, em protesto contra as novas restrições impostas pelo governo de Boris Johnson para tentar limitar a propagação do coronavírus.
Muitos manifestantes disseram aos meios de comunicação presentes no local que acreditavam que a pandemia era um embuste criado pelos governos para controlar as pessoas.
No caso de protestos os manifestantes estão isentos da nova "regra dos seis", que limita os ajuntamentos a meia dúzia de pessoas, caso cumpram as regras do distanciamento social - exatamente o que não aceitam, nem fizeram, pelo que a polícia tentou dispersar a multidão.
Em resultado dos confrontos, a polícia disse que 10 pessoas tinham sido detidas e quatro agentes feridos, incluindo dois que precisaram de tratamento hospitalar. "Continuamos a apelar à dispersão das multidões", disse a polícia no Twitter, que a partir de certo momento fez uso dos bastões.
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"Queremos ser claros, este protesto já está excluído dos regulamentos", anunciou a Polícia Metropolitana no Twitter. "Estamos a pedir aos presentes que se dispersem. Infelizmente, alguns agentes foram feridos enquanto interagiam com as pessoas."
Nesta semana o primeiro-ministro Boris Johnson apertou as restrições, tendo apelado para as pessoas trabalharem a partir de casa, se possível, e ordenado aos pubs, bares e restaurantes para fecharem às 22.00 depois de os casos terem voltado a aumentar.
O Reino Unido registou no sábado 6.042 novos casos de covid-19, em linha com o aumento de infecções desde o início de setembro, e 34 mortos. É o país da Europa com mais mortos, quase 42 mil.