Coronavírus. Feira de telecomunicações de Barcelona pode ser suspensa

Facebook, Intel, Ericsson, Amazon, Sony e LG estão entre as empresas tecnológicas que já cancelaram a presença na maior feira mundial de telecomunicações devido à propagação do coronavírus. Entre 24 e 27 de fevereiro está agendado, em Barcelona, o Mobile World Congress, mas o evento poderá não se realizar. A decisão será tomada na sexta-feira.
Publicado a
Atualizado a

O conselho geral da associação organizadora do Mobile World Congress (MWC) reúne-se na sexta-feira para avaliar a situação criada pelo cancelamento de tecnológicas devido ao novo coronavírus e decidir se mantém a realização do congresso.

A reunião do conselho geral da associação já estava agendada, mas a recente desistência de inúmeras empresas em participar no congresso confere-lhe outra importância, sendo esperada uma decisão oficial acerca da realização do congresso, de acordo com fontes citadas pela EFE.

Até ao momento a GSMA, a entidade patronal mundial das operadoras móveis, manteve-se firme na decisão de realizar o evento de 24 a 27 de fevereiro, apesar de uma dezena de tecnológicas terem cancelado a participação por receio da propagação do vírus com origem na China.

A última desistência anunciada esta terça-feira foi a do Facebook, a que se juntam cerca de duas dezenas de empresas tecnológicas, como a Intel, Ericsson, LG, Nvidia, NTT DoCoMo, a Amazon e a Sony.

Medidas de prevenção não impedem cancelamentos

À medida que aumentava a incerteza relativa ao coronavírus, a GSMA impôs medidas preventivas como a proibição da entrada de congressistas vindos da província de Hubei, a origem do surto, assim como a restrição do acesso a quem tenha estado na China nos 14 dias anteriores ao evento.

No entanto, estas medidas de prevenção não impediram as desistências de várias empresas que iam participar no congresso.

Na Europa, contam-se desde segunda-feira 43 infetados, com quatro novos casos detetados no Reino Unido, onde a propagação do vírus foi declarada uma "ameaça séria e iminente para a saúde pública".

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt