Centro Europeu alerta que novas variantes de "alto" risco do vírus vão causar mais mortes
O Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) disse esta terça-feira que há um "alto" risco de que as variantes do covid-19 recém descobertas possam pressionar ainda mais os cuidados médicos e causar mais mortes devido ao "aumento da transmissibilidade".
O ECDC, com sede em Estocolmo, referiu num relatório que "embora não haja informações de que as infeções por essas variantes sejam mais graves", o fato de se propagarem mais facilmente significa que o impacto sobre "hospitalizações e mortes é avaliado como alto".
Como as variantes de vírus que circulavam anteriormente, o risco é particularmente maior para "aqueles em grupos de idade avançada ou com comorbidades", acrescentou a agência.
O relatório abordou especificamente as duas novas variantes descobertas no Reino Unido e na África do Sul, ambas apresentam sinais de "maior transmissibilidade".
Mais de 3000 casos da variante do Reino Unido já foram registados em dezenas de países da Europa e em todo o mundo, de acordo com o ECDC.
Na África do Sul, mais de 300 casos de outra variante foram registados e três casos da mesma variante foram confirmados na Europa, dois no Reino Unido e um na Finlândia, mas todos os três foram associados a pessoas que regressaram da África do Sul.
O Centro Europeu recomendou aos países que continuem a aconselhar os cidadãos "sobre a necessidade de intervenções não farmacêuticas de acordo com sua situação epidemiológica local", com foco particular nas "viagens não essenciais e atividades sociais".
O ECDC também recomendou uma série de opções para "atrasar a introdução e disseminação de uma nova variante de preocupação", incluindo o sequenciamento direcionado de casos da comunidade para "detetar precocemente e monitorizar a incidência da variante".
Além disso, sugere um maior "acompanhamento" e número de testes às pessoas associadas a áreas com maior número de casos da nova variante.
O Centro Europeu também lembrou a todos aqueles que viajam a partir das zonas com maior registo de casos da nova variante a necessidade de se "cumprir a quarentena" e fazer o teste de despiste à covid-19.