Cabo Verde queima a céu aberto 9,5 toneladas de cocaína
As 9,5 toneladas de cocaína foram apreendidas na quinta-feira e já arderam. Este sábado, dia 2, a Polícia Judiciária de Cabo Verde realizou a queima a céu aberto dos 9570 quilos de cocaína apreendida no porto da capital, Praia, a bordo de uma embarcação de bandeira do Panamá. Onze russos foram detidos nesta operação que originou uma das maiores apreensões de cocaína dos últimos tempos.
Com a comunicação social a assistir, como dão conta os meios de informação cabo-verdianos, o transporte da droga foi acompanhado por cinco procuradores da república, desde a sede da PJ até ao local da queima - a lixeira da Praia. Segundo o jornal A Nação, o processo envolveu um forte dispositivo policial, militar e judicial, com a Interpol e a polícia francesa a seguirem também a operação. Antes tinham sido efetuados testes rápidos que confirmaram tratar-se de cocaína.
No total eram 260 fardos de droga, embalados em sacos de serapilheira com a palavra Columbia inscrita. Entre a sede da PJ e a lixeira, houve um forte dispositivo de segurança com a viagem a demorar cerca de uma hora.
Na lixeira, e com vários snipers espalhados pelo local, o contentor foi descarregado do camião e preparou-se o local da queima. Foram distribuídas máscaras aos presentes, já que a cocaína em chamas originou uma gigantesca coluna de fumo. Conta o jornal A Nação, que a polícia recorreu a combustível e pneus para "acelerar" o processo de queima.
Enquanto decorria a queima da droga, os 11 detidos, todos de nacionalidade russa, começaram a ser ouvidos no Tribunal da Praia, onde foi montado em forte dispositivo policial. Os interrogatórios devem estender-se até domingo já que se tratam de 11 detidos com a necessidade de tradutores.
Na quinta-feira, 31 de janeiro, alertada pelo Maritime Analysis and Operations Centre - Narcotics (MAOC-N), com sede em Lisboa, a PJ apreendeu um navio mercante no porto da Praia, de bandeira do Panamá. Foram detidos 11 tripulantes, todos russos, incluindo o comandante, e as 9,5 toneladas de cocaína. O navio seguia para Tanger, Marrocos. A intervenção contou com apoio técnico da Polícia Judiciária portuguesa e da Polícia Nacional Francesa