Bolsonaro homenageia vítimas da covid-19 com "Ave Maria" ao som de acordeão [Vídeo]
Na transmissão 'online', Gilson Machado Neto, presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, também conhecida como Embratur, tocou acordeão e cantou a música "Ave Maria", a pedido de Bolsonaro.
"Queria aproveitar o Gilson aqui. Sei que muitos programas de rádio tocam a 'Ave Maria' a esta hora. Queria então prestar uma homenagem a todos os que se foram vítimas do coronavírus e pedir para o Gilson tocar a 'Ave Maria'", disse o chefe de Estado.
Com os 1.141 mortos registados nas últimas 24 horas, o Brasil totaliza agora 54.971 vítimas mortais devido à covid-19, segundo o Ministério da Saúde do país.
Em relação ao número de infetados, o Brasil contabilizou 39.483 novos casos, num total de 1.228.114 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus.
O país sul-americano já registou a recuperação de 673.729 pacientes infetados, sendo que 499.414 doentes continuam sob acompanhamento, de acordo com o executivo.
A letalidade da doença no Brasil, segundo país do mundo com mais mortos e infetados, mantém-se hoje em 4,5%.
São Paulo continua a ser o foco da pandemia no país, concentrando oficialmente 248.587 casos de infeção e 13.759 vítimas mortais.
Seguem-se os estados Rio de Janeiro, que acumula 105.897 infetados e 9.450 vítimas mortais, o Ceará, que tem hoje 102.126 casos confirmados e 5.875 mortes, e o Pará, que contabiliza oficialmente 94.036 contágios e 4.748 óbitos devido à covid-19.
O Brasil tem uma incidência de 26,2 mortes e 584,4 casos da doença por cada 100 mil habitantes, numa nação com uma população estimada de 210 milhões de pessoas, informou o Governo.
Já um consórcio formado pela imprensa brasileira, que decidiu colaborar na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, informou que o país registou 1.180 mortes e 40.673 novos infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas.
No total, o consórcio formado pelos principais media do Brasil indicou que o país totaliza 1.233.147 casos e 55.054 vítimas mortais desde o início da pandemia, números superiores aos avançados pelo executivo.
O balanço do consórcio não contou com os dados do Amazonas, que não enviou os seus números a tempo do encerramento da contagem.
Para fazer frente à pandemia, Bolsonaro afirmou, na sua transmissão 'online', existir a possibilidade de o Governo pagar mais três parcelas de um auxílio de emergência, atribuído mensalmente a trabalhadores informais [sem contrato de trabalho] e por conta própria, atingidos pela crise do novo coronavírus.
O subsídio mensal, no valor de 600 reais (cerca de 99 euros) e que foi anunciado em março, será agora reduzido gradualmente, com parcelas de 500, 400 e 300 reais (83, 66 e 49 euros, respetivamente), segundo Bolsonaro.
Posteriormente a esse pagamento, o auxílio a trabalhadores informais deverá ser encerrado, devido ao elevado custo da medida para os cofres do Estado.
O Ministério da Saúde informou ainda que, a partir da próxima segunda-feira, irá deslocar 21 profissionais de saúde, além de equipamentos médicos, para fortalecer os cuidados a povos indígenas das terras Yanomami e Raposa Serra do Sol, em Roraima.
"Esta é a 5.ª missão do Governo em terras indígenas, reforçando o compromisso do executivo com a saúde de todos os brasileiros. As terras Yanomami e Raposa Serra do Sol possuem uma população de cerca de 75 mil indígenas", indicou a tutela na rede social Twitter, acrescentando que toda a equipa médica fará exames ao novo coronavírus antes de embarcar, de forma a proteger os povos nativos, sensíveis a doenças respiratórias.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 484 mil mortos e infetou mais de 9,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.