MSN quer ser a "porta de entrada dos ecossistemas digitais em Portugal"
Miguel
Albuquerque e Castro, diretor do MSN Portugal, explica em entrevista ao Dinheiro Vivo quais os objetivos para o projeto que diz já ser (com todo o ecossistema digital da Microsoft) o terceiro player digital em Portugal. "O MSN Portugal na sua versão "web" tem hoje em dia uma
média entre 2,5 a 3 milhões de utilizadores únicos mensais, entre
20 a 25 milhões de visitas e
mais
de 160 milhões de page views", diz.
O
MSN vai ser menos lifestyle e mais informativo. O que motivou esta
mudança de posicionamento?
Embora tenhamos vindo a fazer ao longo dos últimos meses
uma alteração na estratégia editorial e de programação para
sermos mais "informativos",
o
novo MSN tem claramente e assumidamente um foco muito maior em
informação, fruto das parcerias concretizadas com fornecedores de
conteúdo premium e com a inclusão de novos canais como finanças,
algo que não tínhamos até à data
, um canal que se encontra bastante completo, com quase todos os
principais meios nacionais e muita informação estruturada sobre
ações e ferramentas de apoio ao utilizador com o objetivo de
cumprir com o objetivo de "task completion".
Em 2012 anunciaram uma parceria com o grupo MediaCapital na área do
vídeo. É através deste tipo de acordos que vão concretizar esta nova abordagem ou vão apostar numa equipa de produção de conteúdos
própria?
Com o novo MSN, a Microsoft
abandona por completo a produção de conteúdos. O foco da equipa de
media interna vai ser na curadoria e programação de conteúdos de
parceiros premium
. É nosso
objetivo que todos os publishers, grupos de media e publicações
nacionais façam parte do projeto com o objetivo claro e assumido de
ajudar estas marcas e empresas a terem mais tráfego e mais receitas
nas suas propriedades.
Queremos
agregar os melhores conteúdos digitais em língua portuguesa
.
Falam em 50 media associados ao projeto. Quais são? Que investimento
isso implicou?
É verdade. A recetividade ao projeto tem sido muito grande.
Como poderão verificar na versão "beta",
o novo MSN tem conteúdos dos principais players e grupos de media
nacionais - Controlinveste Conteúdos, Cofina, RTP, Público, Motor
Press Lisboa e vários outros para um total de quase 50 publicações
/ marcas nacionais presentes e mais de 1.000 no mundo inteiro.
O
modelo de negócio pressupõe que os parceiros continuam a gerir e a
monetizar as suas propriedades e não pretendemos imiscuir-nos no
negócio dos nossos parceiros
.
Acreditamos que as muitas conversas que tivemos sempre mostraram que
não iriamos canibalizar o negócio dos parceiros, mas sim
trabalhar
numa ótica de parceria com o objetivo de gerar tráfego e receitas
adicionais para estes
.
Esta é uma mudança global do portal que não se reflecte apenas na
versão para Portugal. Fizeram algum estudo para perceber quais os
conteúdos que os utilizadores portugueses mais pretendiam?
O nosso objetivo é assumidamente, e em primeiro lugar,
criar
uma "nova porta de entrada para a web", criando um produto que
seja transversal a todas as plataformas (PC, tablet ou telemóvel),
em versão browser ou em versão de aplicação ("app")
.
O que queremos ter são
os
melhores conteúdos, dos melhores produtores de conteúdos nacionais
(e internacionais) transversalmente em todos os verticais
que vamos ter: notícias (informação), desporto, finanças (e
economia), entretenimento (famosos, cinema, música, tv e jogos),
viagens e lazer, saúde e bem-estar, receitas e bebidas, automóvel,
lifestyle (moda, beleza, família e relações), meteorologia e
vídeo.
Queremos ser abrangentes
e inclusivos, por forma a ajudar os grupos de media nacionais a
desenvolverem o seu negócio e crescerem
.
Que áreas querem reforçar?
O ponto chave não será que áreas queremos reforçar porque
acreditamos que para o lançamento
temos
uma oferta vasta e transversal
,
mas sim que
temos o objetivo de
ter os melhores conteúdos produzidos em língua portuguesa
disponíveis para os nossos utilizadores, com o objetivo de nos
tornarmos a porta de entrada dos ecossistemas digitais em Portugal e
um parceiro dos nossos
parceiros que se traduza em valor acrescentado para estes, gerando
mais tráfego e mais receitas
.
Mas qual é aqui o objetivo em termos de pageviews, visitas ao
site? Nesse campo o Sapo lidera há vários anos, segundo o NetScope.
A Microsoft e o seu ecossistema de propriedades digitais (MSN,
Outlook.com, Skype, Bing, Xbox, Microsoft.com, etc.) está no
top
#3 de players digitais em Portugal, juntamente com o Google e o
, chegando a quase 80%
dos utilizadores de Internet em Portugal (dados comScore). As
propriedades Microsoft, e em especial o MSN não estão presentes no
NetScope por decisão interna, mas temos consciência que as agências
e anunciantes têm noção da escala e potencial do MSN e das várias
propriedades da Microsoft. O objetivo é continuar a crescer a "dois
dígitos" como temos feito quase todos os anos, ao longo dos
(quase) sete anos que o MSN existe em Portugal.
Falam de uma audiência global de 425 milhões de pessoas. Mas qual é
a audiência em Portugal?
O MSN Portugal na sua versão "web" tem hoje em dia uma
média entre 2,5 a 3 milhões de utilizadores únicos mensais, entre
20 a 25 milhões de visitas e
mais
de 160 milhões de page views
. Se
juntarmos o ecossistema das apps de Windows 8 e Windows Phone, esse
valor cresce ainda mais.
Ao nível de formatos publicitários há alguma novidade que seja
introduzida com este novo MSN?
Embora existam novos formatos exclusivos no novo MSN,
a
maior novidade prende-se com a opção de multiscreen
(PC, Tablet, Telemóvel) e em diferentes âmbitos web ou app. A isto
acrescentam-se
todas as
funcionalidades e possibilidades de segmentação
porque, regra geral, grande parte dos utilizadores estão "logados".
E
v
amos ter à
disposição das marcas formatos inovadores e exclusivos, e
continuaremos a fazer uma forte aposta na componente rich media, o
que permite um elevado engagement com os consumidores.
Historicamente, esta tipologia de formatos tem um impacto positivo
nos resultados das campanhas acima dos 50% no que toca à taxa de
clique. Teremos elevada capacidade de segmentação otimizando desta
forma os budgets dos anunciantes, já que estão a comunicar
efetivamente para o seu target, tudo isto potenciado pelo Microsoft
ID. E teremos ainda uma oferta multiscreen única no mercado, que vai
permitir impactar o utilizador nos diferentes devices usados para
navegar nas nossas propriedades durante os vários estágios diários
de consumo.