Miguel Prata Roque prepara candidatura à distrital do PS com pessoas "de fora" do partido
Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

Miguel Prata Roque prepara candidatura à distrital do PS com pessoas "de fora" do partido

A intenção do advogado, que já integrou o Governo, é promover uma "reflexão interna" na estrutura do partido, cuja liderança era de Ricardo Leão, que se demitiu após declarações polémica. Mais esclarecimentos "só quando os órgãos próprios do partido decidirem se marcam eleições".
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O ex-secretário de Estado da Presidência do primeiro Governo de António Costa, Miguel Prata Roque, vai candidatar-se à Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), em caso de eleições para a distrital, após a demissão de Ricardo Leão, autarca de Loures, na sequência de declarações polémicas.

A informação foi avançada pelo Público  e confirmada pelo próprio ao DN, dizendo ainda que está a "promover uma reflexão interna" na distrital socialista. Este processo é feito, diz Prata Roque, "com pessoas de fora do PS" e o objetivo é perceber "como uma esquerda moderna deve atrair mais pessoas para a participação política".

Mais esclarecimentos "só quando os órgãos próprios do partido decidirem se marcam eleições".

Numa reunião municipal Ricardo Leão defendeu que "um criminoso" que tenha participado "nestes acontecimentos" (os tumultos após a morte de Odair Moniz) deve ter o seu contrato de arrendamento de habitação municipal terminado e deve ser despejado. Depois destas declarações, Miguel Prata Roque criticou fortemente o autarca socialista.

"É absolutamente inaceitável o que disse (e, pior, o que pensa) o socialista que é presidente da Câmara de Loures", afirmou num tweet. "A Constituição, que o mesmo devia conhecer e cumprir, proíbe castigos automáticos ditados por senhores locais. Espera-se mais de quem preside à distrital de Lisboa do PS".

Publicando depois um vídeo com as declarações, Miguel Prata Roque foi ainda mais longe, dizendo que a postura de Ricardo Leão é "autoritária, sobranceira e prepotente". "Um presidente de câmara é um servidor. Não um ditador. Mau demais para ser verdade", rematou.

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