Marcelo quer que tomada de posse seja "ecuménica"
Marcelo Rebelo de Sousa quis que a sua cerimónia de tomada de posse - no próximo dia 9 de março - tivesse, além da cerimónia formal, "um exemplo de consenso, de convergência, de diálogo", disse ao DN.
À margem da conferência dos 28 anos da TSF, o presidente eleito disse ao DN que quis que a sua tomada de posse fosse "ecuménica", um termo que diz aplicar-se tanto às religiões como também à vida política e social. "E quis olhar para a juventude", acrescentou. "A juventude está tão divorciada da política que era importante neste e em todos os momentos fazer uma aproximação. A ideia do concerto foi essa: fazer uma aproximação à juventude".
A tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa vai contar com atuações musicais de Anselmo Ralph, HMB e Diogo Piçarra, assim como dos veteranos Pedro Abrunhosa, José Cid, Paulo de Carvalho e da fadista Mariza.
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Marcelo Rebelo de Sousa foi um dos oradores na conferência organizada pela TSF, "De Emídio Rangel aos tempos de hoje", em comemoração do 28.º aniversário da rádio. O presidente eleito colaborou com a TSF a partir de maio de 1993. Fez, entre outras coisas, um programa chamado Exame, moderado por Carlos Andrade. Antes da sua intervenção, foi surpreendido com uma gravação do programa de há 21 anos.
"A rádio foi, para mim, entre todos os meios de comunicação social, o mais atraente, o mais entusiasmante", disse ao DN, assumindo ter saudades do tempo em que colaborava com a TSF. "A televisão exige uma máquina muito pesada, a imprensa escrita tinha outro significado quando eu lá andava, significado que foi perdendo e foi perdendo também, infelizmente, audiência e peso em termos económico-financeiros. A rádio tem sobrevivido".
A conferência "De Emídio Rangel aos tempos de hoje" termina às 18.30, com declarações do ministro da Cultura, João Soares. Entretanto, debate-se o pluralismo e os modelos de sustentabilidade dos média.
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