Desfile dos 150 anos da Carris anima Semana Europeia da Mobilidade
De hoje até quinta-feira, a Área Metropolitana de Lisboa terá vários eventos para assinalar a Semana Europeia da Mobilidade. O primeiro ponto alto será o cortejo de veículos históricos da empresa de transportes públicos lisboeta que está marcado para amanhã.
A Semana Europeia da Mobilidade começa hoje a ser assinalada na Área Metropolitana de Lisboa e decorre até quinta-feira, mas é amanhã que terá um dos seus pontos altos com o regresso do tradicional Desfile de Clássicos do Museu da Carris que servirá este ano para celebrar os 150 anos da empresa de transportes públicos lisboeta. Após dois anos sem se realizar devido à pandemia, o desfile irá decorrer num percurso entre o Museu da Carris, em Santo Amaro, e a Praça da Figueira, que terás duas edições, uma às 11.00 e outra às 16.00 horas, com algumas novidades.
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"Como são os 150 anos da Carris, o desfile vai contar com cinco elétricos e dois autocarros que fazem parte da frota do museu. Na cauda vamos ter um dos novos autocarros elétricos", conta Miguel Sousa, responsável pelo Museu da Carris, ao DN. "Uma das novidades é que, em vez de oito viaturas, vamos ter 11 ou 12, e teremos ainda três elétricos da Carristur, os chamados elétricos temáticos. Um é alusivo ao bordado da Madeira, uma novidade do ano passado, temos também o da cortiça, que é todo forrado a cortiça, e temos o dos tapetes de Arraiolos", acrescenta Ema Favila Vieira, secretária-geral da Carris.
As inscrições para participar no desfile dentro de um dos autocarros ou elétricos abriram em agosto e as vagas esgotaram num dia e meio. "Este ano, os bilhetes eram gratuitos, por causa dos 150 anos da Carris. Vamos ter cerca de 360 pessoas por desfile, por isso estamos a falar de um total de cerca de 720 pessoas", revela Miguel Sousa.
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A maior parte destes passageiros são portugueses, sendo que, durante todo o ano, a Carris foi recebendo pedidos de informações sobre a data das inscrições. Os estrangeiros, diz o responsável do Museu da Carris, nem têm tempo para aderirem a este evento. Quem não consegue entrar neste desfile, não resta outra alternativa senão vê-lo passar. "Costuma funcionar muito bem. As pessoas param, tiram fotografias e dizem adeus. A reação das pessoas é engraçada. E de notar que, mesmo quando tem sido a pagar, nos dois primeiros dias de inscrições os bilhetes ficam esgotados".
Na Praça da Figueira também vão existir novidades, nomeadamente duas atuações da Banda da Carris, perto do horário dos desfiles. "Vamos ter também uma oferta a todos os lisboetas, com a exposição de dois autocarros, um mais antigo, daqueles verdes de um piso, e um autocarro a gás natural. A praça vai ter também 15 múpis amovíveis com uma exposição fotográfica com a história da Carris", enumera Ema Favila Vieira. No mesmo local, estará a réplica de um quiosque a promover os transportes gratuitos em Lisboa.
O pontapé de de saída das celebrações dos 150 anos da Carris - que se celebram no domingo - será dado já esta noite, às 21.00 horas, no Terreiro do Paço, com a apresentação de um elétrico intervencionado pelo artista Bordalo II. Trata-se de um veículo dos anos de 1920 e faz parte do acervo do museu. "O Bordalo II recorre sempre aos animais e, neste caso, escolheu os corvos de Lisboa. Vai ainda haver um elemento de luz que é novidade na obra dele, com recurso ao uso de néones e LED, que será apresentada numa exposição que irá fazer em outubro. Por isso é que a inauguração no Terreiro do Paço será à noite, para haver esse efeito da luz", revela a secretária-geral da Carris.
Este elétrico centenário vai ficar em exposição no Terreiro do Paço até 18 de outubro, dia em que será levado para as Amoreiras, onde ficará junto ao centro comercial. Essa será a morada desta obra de Bordalo II durante dois anos, regressando depois ao Museu da Carris.
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