Carris recebe 30 novos autocarros e cinco elétricos articulados em 2023
O primeiro dos 15 novos elétricos articulados adquiridos pela Carris será entregue em julho do próximo ano, adiantou ao DN fonte da empresa de transportes públicos municipais de Lisboa. "Depois haverá um período de testes, de cerca de dois meses. Após esse período, é suposto continuar a chegar um veículo por mês. Portanto, prevê-se fechar 2023 com cinco elétricos dos novos", referiu a mesma fonte. Os restantes dez elétricos deverão chegar durante o ano de 2024. Está também prevista para o próximo ano a entrega de 30 novos autocarros elétricos.
O contrato de aquisição destes 45 novos veículos foi assinado há cerca de um ano e representa um investimento total de 60 milhões de euros. Os 15 elétricos articulados irão reforçar a carreira 15E, que liga a Praça da Figueira a Algés, representam um investimento de 43,4 milhões de euros, enquanto o lançamento do concurso público para a compra dos 30 autocarros teve um preço base de 16,8 milhões.
Estas primeiras compras fazem parte de um investimento mais amplo de renovação e ampliação da frota, no qual a Carris pretende adquirir 230 autocarros e os tais 15 elétricos articulados até 2025. "Dos 230 autocarros, 120 serão autocarros standard 100% elétricos", afirmou Tiago Lopes Farias, presidente da Carris, na apresentação do plano de atividades da empresa no âmbito de uma audição sobre o orçamento municipal para este ano. Esta aquisição terá impacto em 2023-2025, assim como 30 autocarros standard a gás natural, sete autocarros standard a hidrogénio e seis autocarros mini 100% elétricos.
Os processos de compra com impacto durante este ano incluem 43 autocarros standard a gás natural e 24 autocarros articulados a gás natural comprimido (GNC), de acordo com o plano de atividades da Carris. "São 130 milhões de euros de investimento acumulado em frota", revelou o presidente da empresa municipal de transportes públicos, adiantando que 90 milhões destinam-se à compra de autocarros e "cerca de 40 milhões na aquisição de 15 elétricos articulados".
Segundo disse fonte da Carris ao DN, o objetivo é, até 2040, deixar de ter autocarros na frota movidos a combustíveis fosseis.
A Carris planeia ainda contratar um número significativo de novos colaboradores ainda este ano. "O plano contempla a contratação de 118 novos colaboradores, dos quais 100 tripulantes, o que significa motoristas ou guarda-freios, assim como 18 colaboradores nas áreas corporativas e oficinais, o que deverá fazer com que a empresa termine o ano de 2022 com cerca de 2700 colaboradores", disse Tiago Farias Lopes.
O plano global de investimento da Carris para o período 2022-2025 aponta para cerca de 195 milhões de euros, sendo que mais de 60% se destina então à aquisição de novos veículos para a frota. O presidente da Carris destacou ainda gastos na "construção e remodelação dos seus edifícios, na área das tecnologias de informação que permitam à empresa melhorar o seu desempenho, a sua eficiência e a sua sustentabilidade ao longo dos próximos anos".
A Câmara de Lisboa aprovou no início de fevereiro uma proposta do PCP para a criação pela Carris de um serviço dedicado ao transporte escolar, que inclui a implementação de um projeto piloto em setembro, com dois agrupamentos de escolas da cidade.
"A Carris está neste momento a trabalhar com a câmara, nomeadamente com a direção de mobilidade, no sentido de fazer estudos para perceber os custos e a viabilidade de a própria Carris ter esse produto para apresentar. Vamos ver o que os estudos dizem", adiantou Ema Favila Vieira, secretária-geral da Carris, ao DN, sublinhando que a empresa ainda não tem data para a conclusão destes estudos.
Com LUSA