Pais e alunos de escola do Parque das Nações pedem com urgência um pavilhão desportivo
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Pais e alunos de escola do Parque das Nações pedem com urgência um pavilhão desportivo

Associação de Pais refere que o processo está parado há anos por questões meramente burocráticas. Autarquia diz que responsabilidade é da antiga Parque Escolar, atual Construção Pública.
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Pais, alunos e professores da Escola Básica Parque das Nações estão desde as 8h00 junto ao estabelecimento escolar para chamar a atenção para a ausência do pavilhão desportivo, a falta de assistentes operacionais e o caos no trânsito.

Em declarações à agência Lusa, Adriana Lemos, da Associação de Pais, contou que a manifestação pacífica visa chamar a atenção para a falta de respostas por parte da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e do Governo às necessidades urgentes da escola.

Em causa está a ausência do pavilhão desportivo, prometido há anos e ainda sem solução, e que obriga os alunos a deslocarem-se à freguesia de Marvila para as aulas de Educação Física, a falta de assistentes operacionais, essenciais para garantir a segurança e o acompanhamento das crianças, e o caos no trânsito em frente à escola, que coloca em risco alunos e peões.

"A escola foi construída em duas fases: a primeira, que tinha jardim-de-infância e 1.º ciclo, foi inaugurada em 2010 e não tinha o equipamento associado e a segunda, inaugurada em 2021 e já com 2.º e 3.º ciclos, ou seja, a escola passou a ter quase 800 alunos e a construção do pavilhão ficou suspensa por questões orçamentais tanto quanto sabemos", disse.

De acordo com Adriana Lemos, o pavilhão não foi construído na altura devido a uma autorização, a um papel, do Ministério das Finanças com a aprovação, para que o terreno passasse para a posse da CML e esta pudesse dar início à construção.

"Isto porque o terreno é da antiga Parque Escolar, que passou a Construção Pública. Portanto há aqui questões meramente burocráticas a travar o processo há anos, há meses devido à falta de um papel, por isso, decidimos avançar com esta forma de luta", disse.

Os problemas da Escola foram abordados na quarta-feira na reunião pública da CML, com o executivo a dizer que a construção do pavilhão polidesportivo estar num "imbróglio" relativamente à propriedade do terreno, que tem de passar para a propriedade municipal para a obra avançar.

A vereadora das Obras municipais, Filipa Roseta (PSD), disse que a Escola é da responsabilidade da antiga Parque Escolar, atual Construção Pública, ressalvando que esta escola não integra as que passaram para a câmara com a descentralização de competências na Educação.

Filipa Roseta disse que tem havido reuniões com a Construção Pública para passar o terreno para a propriedade municipal, adiantando ainda que no projeto foram identificadas falhas nas acessibilidades e no espaço público.

Em declarações à Lusa, Adriana Lemos, da Associação de Pais, referiu que tudo o que foi dito na reunião já a comunidade escolar sabia.

"Foi dito o que já sabíamos: que falta uma aprovação do Ministério das Finanças e que estão a agradar essa autorização, que a câmara está atenta ao assunto e que não podem fazer nada porque não tem a posse do terreno. Isso já sabemos há muito tempo. Tem que haver um esforço da CML, entendemos nós, para que a resolução do outro lado possa ser feita", frisou.

No que diz respeito aos assistentes operacionais, a vereadora da Educação, Sofia Athayde (CDS-PP), indicou na quarta-feira na reunião que foram alocados mais do que o previsto, passando de 55 para 62, mas ressalvou que, se for pertinente, a câmara pode alocar mais.

Relativamente à segurança rodoviária junto à escola, o vice-presidente da Câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem o pelouro da mobilidade, disse que ""é uma realidade que preocupada", apontando para o reforço de medidas de acalmia de trânsito, em que houve um projeto que foi trabalhado com a Associação de Pais da Escola Básica Parque das Nações, mas que agora há oposição, pelo que está a trabalhar numa solução de consenso.

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