Imagens de mau tempo em Odivelas em 2006
Imagens de mau tempo em Odivelas em 2006

Mau tempo: Câmara de Odivelas diz estar mais preparada para futuras cheias

Vereador com o pelouro da Proteção Civil assegura que o município está hoje melhor preparado para lidar com futuras intempéries, uma vez que levou a cabo várias intervenções nas linhas de água.
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Pouco mais de dois anos depois das cheias que assolaram a região de Lisboa, a Câmara de Odivelas assegura que as intervenções que fez, desde então, aumentam a capacidade de resposta do município a futuras intempéries.

Vários distritos do continente foram afetados por chuvas fortes entre o final de 2022 e o início de 2023, com grandes inundações, estragos em estradas, comércio e habitações e dezenas de desalojados.

Na região de Lisboa, a chuva caiu com mais incidência nos dias 08 e 13 de dezembro, sendo que além da capital, foram afetados com maior gravidade os municípios de Loures, Odivelas e Oeiras, onde se registou uma morte na localidade de Algés.

Pouco mais de dois anos depois, em declarações à agência Lusa, o vereador com o pelouro da Proteção Civil na Câmara de Odivelas, João António, assegura que o município está hoje melhor preparado para lidar com futuras intempéries, uma vez que levou a cabo várias intervenções nas linhas de água.

"Esperemos que não volte a acontecer, mas hoje estamos muito mais preparados e mais resilientes", sublinha.

Imagens de mau tempo em Odivelas em 2006
Proteção Civil avisa população para chuva e vento forte, agitação marítima e queda de neve nos próximos dias

O autarca explica que o impacto das cheias em 2022 foi maior por falta de aviso e de alertas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

"As cheias foram muito rápidas, fomos todos apanhados muito desprevenidos. Nem o IPMA, nem a proteção civil nacional foram capazes de emitir atempadamente um aviso ou um alerta que justificasse a chuva que caiu", aponta.

Nesse sentido, para tornar "mais previsível" o combate a futuras intempéries, João António explica que foram tomadas medidas, como a instalação de medidores de caudais e detetores de cheias.

Além disso, o município fez também a limpeza e o desassoreamento das linhas de água, nomeadamente do Rio da Costa e da Ribeira da Póvoa.

Segundo o balanço feito na altura, as cheias provocaram no concelho de Odivelas prejuízos na ordem dos sete milhões de euros, nomeadamente em infraestruturas e equipamentos municipais.

João António refere que, no total, foram já investidos cerca de três milhões de euros na renovação de infraestruturas afetadas pelas cheias, nomeadamente muros de suporte e taludes.

Foi ainda feito o levantamento de todos os agregados familiares que vivem em zona de leito de cheia.

No total, a Câmara de Odivelas apoiou 50 famílias (28 mil euros), duas entidades sociais (104 mil euros), 23 empresas (151 mil euros) e sete clubes desportivos (87 mil euros).

O último balanço apresentado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) dava conta de prejuízos na ordem dos 185 milhões de euros registados por vários municípios: Amadora, Almada, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Segundo a presidente da CCDR-LVT, Teresa Almeida, Mafra não chegou a apresentar prejuízos e o município de Cascais prescindiu posteriormente de pedir os apoios para os estragos relatados, pelo que, sem Cascais, o valor será de 167 milhões de euros.

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