CM Lisboa já iniciou transplante de jacarandás na Avenida 5 de Outubro. PAN avança com providência cautelar
Foto: Gerardo Santos

CM Lisboa já iniciou transplante de jacarandás na Avenida 5 de Outubro. PAN avança com providência cautelar

O transplante das árvores iria começar na próxima semana, mas os trabalhos já tiveram início. Ao DN, fonte da Câmara disse que é apenas uma preparação para o transplante. PAN tenta travar trabalhos.
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A Câmara de Lisboa iniciou esta quinta-feira os trabalhos de transplante de 20 jacarandás na Avenida 5 de Outubro, onde se prevê também o abate de 25 destas árvores, no âmbito da construção de um parque de estacionamento subterrâneo.

Na conferência de imprensa realizada na terça-feira sobre o tema, a diretora municipal dos Espaços Verdes, Catarina Freitas, explicou que se iria "dar prioridade" ao transplante de jacarandás, por ter de ser realizado numa determinada janela temporal para que tenha sucesso.

No entanto, a informação prestada na conferência de imprensa foi de que o transplante de jacarandás iria começar só na próxima semana.

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Ao DN, fonte do Executivo municipal garantiu que "o que está a ser feito são trabalhos preparatórios e não, em concreto, a retirada de qualquer árvore", ainda que esteja a implicar o corte de raízes.

PAN avança com providência cautelar para suspender transplante

O PAN anunciou entretanto que ia avançar com uma providência cautelar para travar os trabalhos da Câmara de Lisboa de transplante de jacarandás que começaram de manhã na Avenida 5 de Outubro.

O anúncio foi feito pela líder do PAN, Inês de Sousa Real, em declarações aos jornalistas na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, ao lado do primeiro jacarandá retirado pela Câmara Municipal de Lisboa.

Inês de Sousa Real explicou que o partido vai apresentar a providência cautelar ainda hoje para "travar de imediato os abates e a transplantação destas árvores" e "promover a auscultação dos cidadãos e encontrar uma alternativa".

A líder do PAN argumentou que o país "tem compromissos sérios com a proteção da biodiversidade" e que, embora os jacarandás não sejam espécies protegidas, "fazem parte da identidade da cidade" e têm um "cunho paisagístico no arvoredo que tem que ser preservado".

Embora as operações já decorram, Sousa Real acredita que a providência cautelar ainda vai a tempo de impedir que os trabalhos prossigam, lembrando que este é um "processo urgente" e que a Câmara de Lisboa, após o momento da entrega deste pedido, terá que aguardar a pronúncia do tribunal.

"Aliás, nós só não tínhamos dado a entrada da providência antes, porque Carlos Moedas disse que ia ouvir os cidadãos. Isto é um claro desrespeito em democracia. Dizer que vai ouvir os cidadãos e abater as árvores antes demonstra uma prepotência e uma arrogância que é absolutamente inaceitável em democracia", acrescentou.

Alguns simpatizantes da causa presentes no local afixaram no primeiro jacarandá a ser alvo de trabalhos da autarquia um cartaz com a cara de Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, com a seguinte mensagem: "Procurado por atentado ambiental. Recompensa: cidade com mais biodiversidade".

*Com Lusa

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