O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciaram esta segunda-feira, 23 de junho, em Londres uma parceria de coprodução na área da Defesa, não tendo avançado com mais pormenores. “Estou muito orgulhoso por, esta tarde [ontem], podermos anunciar um acordo de coprodução militar industrial, o primeiro do género até agora, no que diz respeito à Ucrânia e ao Reino Unido, o que será um grande passo em frente na contribuição que podemos continuar a dar”, declarou Starmer em Downing Street. Já Zelensky, que se encontrou também com o rei Carlos III, o terceiro entre ambos este ano, e visitou soldados ucranianos em treino militar no Reino Unido, afirmou que esta viagem tinha como objetivo negociar “novas e poderosas medidas para aumentar a pressão sobre a Rússia, nesta guerra, e pôr fim aos ataques”.O presidente ucraniano chegou a Londres horas depois de Moscovo ter lançado um novo ataque aéreo contra Kiev, que envolveu 352 drones — metade deles Shaheds iranianos — e mísseis balísticos da Coreia do Norte. Pelo menos dez pessoas morreram, incluindo uma criança, e cinco blocos de apartamentos residenciais ficaram gravemente danificados, bem como a entrada de um abrigo antiaéreo numa estação do metropolitano. De acordo com o Ministério do Interior ucraniano, o distrito de Shevchenkivskyi foi o mais atingido, sendo que um dos prédios atacados fica a menos de um quilómetro da Embaixada dos Estados Unidos em Kiev.“Todos nos países vizinhos da Rússia, do Irão e da Coreia do Norte deveriam pensar cuidadosamente se conseguiriam proteger vidas se esta coligação de assassinos persistisse e continuasse a espalhar o seu terror”, afirmou Zelensky, chamando aos três países “coligação de assassinos”.Esta segunda-feira, a meio do dia, registou-se um outro ataque com mísseis na região de Odessa, tirando a vida a pelo menos duas pessoas, tendo 12 ficado feridas, segundo as autoridades locais..Zelensky acusa Rússia de entregar corpos de soldados russos em vez de ucranianos