O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou chamar ditador ao homólogo russo, Vladimir Putin, e insistiu que deve o Presidente russo se deve sentar com Volodimir Zelenski para negociar o fim da guerra na Ucrânia.
"Penso que o Presidente Putin e o Presidente Zelenski devem sentar-se juntos", disse aos jornalistas na Sala Oval da Casa Branca.
Quando questionado diretamente por um jornalista se considerava Putin um ditador, evitou responder, termo que utilizou para se referir a Zeleski e, em vez disso, reiterou a urgência de pôr fim ao conflito.
"Queremos acabar com a morte de milhões de pessoas. Estão a ser mortos jovens soldados. Se olharmos para as imagens de satélite do campo de batalha, nunca vimos nada assim. Milhares de soldados estão a morrer todas as semanas", disse Trump.
"É por isso que quero um cessar-fogo e quero fechar um acordo. Acho que temos uma hipótese de o fazer", acrescentou.
Trump reconheceu que os soldados ucranianos estão a "derramar o seu sangue" na guerra e são "muito corajosos", mas sublinhou que os Estados Unidos estão a gastar o seu "tesouro" num país que está "muito longe" e que, na sua opinião, não está a tratar Washington de forma justa, pois está a abusar da ajuda militar recebida.
Neste sentido, insistiu que a guerra afeta mais a Europa do que os Estados Unidos, uma vez que estes últimos têm "um grande e belo oceano" no meio, em referência ao Atlântico.
Trump afirmou também que está "muito perto" de assinar um acordo com a Ucrânia para que o país ceda recursos naturais a Washington, especialmente minerais essenciais e terras raras para o desenvolvimento tecnológico, como compensação pela ajuda dos EUA.
Trump foi também questionado sobre um artigo da revista francesa "Le Point" que afirmava que ele planeava viajar para Moscovo para assistir à parada militar de 9 de maio, que comemora a vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.
"Não, não vou", respondeu quando questionado sobre essa possibilidade.