A Torre Branca ilumina as noites na pequena aldeia de Mulegns, nos Alpes Suíços
A Torre Branca ilumina as noites na pequena aldeia de Mulegns, nos Alpes SuíçosEPA/GIAN EHRENZELLER

Suíça inaugura a mais alta torre 3D do mundo numa aldeia dos Alpes com apenas 12 habitantes

Tor Alva, ou “Torre Branca”, une cultura, robótica e impressão 3D para revitalizar Mulegns, uma aldeia histórica quase abandonada nos Alpes suíços. Veja as imagens
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Uma pequena aldeia com apenas 12 habitantes, escondida no meio dos Alpes suíços, tem agora para mostrar ao mundo o maior edifício já construído através de impressão 3D: a Tor Alva (Torre Branca). Com 30 metros de altura e cinco patamares, a estrutura representa uma fusão ousada entre a arquitetura digital, a tradição alpina e a inovação sustentável.

Erguida diretamente sobre um antigo depósito de carruagens do século XIX, a torre foi construída usando concreto impresso em 3D com extrema precisão. Ao todo, é formada por 32 colunas estruturais e ricas em detalhes, não apenas decorativas, mas essenciais para sustentar a torre.

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No topo, assenta um miniteatro com cerca de 40 lugares, Cupola Theatre, que servirá de palco para apresentações musicais, performances e eventos culturais, tudo isso com vistas panorâmicas privilegiadas para os Alpes.

O espaço - autoria dos arquitetos Michael Hansmeyer e Benjamin Dillenburger, ambos pioneiros do design computacional e da fabricação digital -, foi projetado para atrair turistas e reverter o abandono de Mulegns, procurando trazer vida nova a uma aldeia suíça na histórica passagem montanhosa de Julier, que foi uma das principais rotas comerciais e de transporte através dos Alpes desde a época dos romanos.

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A população de Mulegns diminuiu drasticamente desde o seu pico de atividade em meados do século XIX e hoje tem apenas 12 pessoas, e muitos prédios estão abandonados e vazios.

A Nova Fundaziun Origen, fundação cultural da região, teve então uma ideia futurista: um arrojado projeto de engenharia e arquitetura como o da Tor Alva poderia ajudar à revitalização do local, numa fusão de passado e futuro capaz de atrair visitantes para assistir a eventos culturais num cenário único e passar algumas noites em Mulegns.

Além de símbolo cultural, a Tor Alva também terá um papel experimental ao nível da sustentabilidade: a sua composição permite maior absorção de CO₂, tornando-se um laboratório vivo de captura de carbono em altitude. À noite, a torre brilhará como um farol sobre a histórica passagem de Julier, procurando iluminar esta comunidade esquecida.

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