Imagem do militar israelita, sobrevivente do 7 de outubro e agora suspeito de crimes de guerra.
Imagem do militar israelita, sobrevivente do 7 de outubro e agora suspeito de crimes de guerra.Conta X da Fundação Hind Rajab

Sobrevivente do 7 de Outubro alvo da justiça brasileira

Militar israelita foi ajudado a sair do país sul-americano após abertura de investigação por crimes de guerra.
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Um soldado israelita, sobrevivente do massacre do Festival Nova pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, foi ajudado pelos serviços do seu país a sair do Brasil, onde gozava férias, depois de a Justiça Federal brasileira ter ordenado a abertura de uma investigação de crimes de guerra contra si.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, o ministro Gideon Saar dera instruções aos serviços consulares e à embaixada no Brasil para contactarem o militar - anónimo nos meios israelitas, mas identificado como Yuval Vagdani pela Fundação Hind Rajab, que o denunciou - bem como a respetiva família, para os acompanharem “até à sua partida rápida e segura do Brasil”.

A queixa ao tribunal brasileiro terá sido apresentada pela referida fundação, com sede na Bélgica, e que tem o nome de uma menina de seis anos morta num automóvel com a sua família, em Gaza, há um ano.

A organização afirma que o militar participou ativamente na demolição de casas usadas como abrigos para palestinianos deslocados pela guerra. A fundação instou as autoridades brasileiras a prenderem o soldado, afirmando que tinha informações de que o governo israelita estava a ajudar o soldado a fugir do país e indícios de provas destruídas.

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