Homicida de menina lusodescendente condenado a prisão perpétua
Um tribunal francês condenou esta sexta-feira Nordahl Lelandais a prisão perpétua pelo sequestro e assassinato da menina lusodescendente Maëlys de Araújo, durante uma festa de casamento em agosto de 2017. Foi assim confirmado o pedido do Ministério Público, pelo que o homem de 38 anos irá cumprir, pelo menos 22 anos de prisão efetiva.
Durante o julgamento no tribunal, Nordahl Lelandais deu versões diferentes sobre o desaparecimento da menina, variando particularmente nas circunstâncias do rapto.
A morte de Maëlys de Araujo chocou a França em agosto de 2017, já que a menina desapareceu de uma festa de casamento familiar, na cidade de Pont-de-Beauvoisin, onde estariam cerca de 200 convidados. Passados alguns dias, Nordahl Lelandais foi acusado de sequestro.
Só em 2018 é que o arguido confessou o crime, conduzindo as autoridades ao local onde tinha abandonado o corpo da menina. O acusado diz ter esbofeteado a Maëlys de Araujo causando, sem querer, a sua morte. No entanto, a autópsia revelou vários golpes fatais na cabeça da criança.
Nordahl Lelandais admitiu no julgamento ter matado Maëlys de forma deliberada pouco depois de sair com ela da festa. Nordahl Lelandais justificou a violência com que bateu na criança com um ataque de pânico por ter visto a cara de Arthur Noye, que matou em abril de 2017, na cara da menina. No entanto, negou qualquer tentativa de agressão sexual.
Durante as investigações do sequestro e morte da menina lusodescendente, Nordahl Lelandais começou a ser investigado por outros homicídios e desaparecimentos à sua volta, assim como acusações de pornografia infantil e abuso sexual de menores.
Em maio de 2021, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do jovem de 23 anos Arthur Noye, que aconteceu em abril de 2017. Este homicida continua a ser investigado pelas autoridades francesas sobre diferentes homicídios e sequestros nas regiões onde viveu ou onde se deslocou nos últimos anos.
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