Polícia militar que atirou homem de uma ponte em São Paulo foi preso

Polícia militar que atirou homem de uma ponte em São Paulo foi preso

Caso gerou uma enorme onda de indignação no Brasil depois de a TV Globo passar as imagens. 13 polícias militares foram afastados.
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O políca militar brasileiro que na segunda-feira atirou um homem de 25 anos de uma ponte em São Paulo, no Brasil, sem motivo aparente, foi preso nesta quinta-feira.

De acordo com a imprensa brasileira, o militar foi detido na sede da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo após o Tribunal de Justiça Militar aceitar o pedido de prisão. Luan Pereira será agora encaminhado para a prisão militar Romão Gomes, na zona norte de São Paulo.

"O polícia já foi ouvido e será levado para a prisão Romão Gomes. Desde que tomou conhecimento do caso, a Polícia Militar afastou os 13 polícias envolvidos na ocorrência e instaurou um inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os acontecimentos", informou a aquela força de segurança em comunicado.

O caso teve uma enorme repercussão no Brasil e gerou uma grande onda de indignação, depois de a TV Globo ter mostrado as imagens onde se vê um polícia militar a atirar um homem de uma ponte na zona sul de São Paulo sem motivo aparente.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo abriu imediatamente um inquérito ao caso e decidiu logo afastar 13 polícias militares. Numa reação na rede social X, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, garantiu que o caso seria investigado e rigorosamente punido.

No vídeo vê-se cinco polícias na ponte. Um deles está a levantar uma mota, que se pensa pertencer ao homem, enquanto outro o agarra pela camisa, atirando-o de seguida da ponte para um rio, de uma altura de cerca de três metros. Em nenhum momento a vítima esboça qualquer reação.

De acordo com a família, o jovem caiu de cabeça e foi imediatamente ajudado por moradores da zona. Foi transportado para o hospital e posteriormente para casa. Chama-se Marcelo e tem 25 anos.

"Isto é inadmissível, é algo que não pode acontecer. A polícia existe para defender a população e não para fazer o que fez", disse à TV Globo Antônio Donizete do Amaral, pai da vítima.

"Ele é um bom rapaz, trabalhador, nunca teve problemas com a justiça. Quero uma justificação para o que fizeram ao meu filho", acrescentou.

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