Pelo menos 13.000 moçambicanos encontram-se refugiados no Malaui devido às manifestações pós-eleitorais, disse este sábado o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), que está a canalizar apoios às vítimas."Estamos a contar com 13.000 pessoas, mas até ao momento conseguiu-se fazer o registo de 7.330", disse a presidente do INGD, Luísa Meque, em declarações à comunicação social, a partir de um dos seis centros de acolhimentos de moçambicanos no Malaui, país vizinho.A responsável assegurou que os refugiados moçambicanos estão a beneficiar de assistência humanitária, com o INGD a disponibilizar produtos alimentícios, tendas e cobertores."Da interação que fomos tendo com nossos irmãos, fomos sensibilizando para que eles regressem a Moçambique e a perceção que tivemos é que estão interessados em regressar a Moçambique, então cabe-nos a nós fazer o trabalho de casa para podermos agilizar, para que possam sair daqui o mais cedo possível", disse Luísa Meque.As províncias de Tete, Zambézia (centro do país) e Niassa (norte) fazem fronteira com Malaui.O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou em 23 de dezembro Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), vencedor da eleição presidencial, com 65,17% dos votos, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar nas eleições gerais de 09 de outubro.Este anúncio provocou o caos em todo o país, com apoiantes de Venâncio Mondlane - que, segundo o Conselho Constitucional, obteve apenas 24% dos votos - manifestando-se nas ruas, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia.A contestação dos resultados eleitorais já provocou pelo menos 315 mortos e cerca de 750 feridos a tiro, segundo organizações da sociedade civil. .Daniel Chapo investido como presidente com confrontos na rua. Rangel diz que Marcelo transmite mensagem de "esperança" a Moçambique