Corpo do Papa desde esta quarta-feira na Basílica de São Pedro. Mais de 200 mil pessoas esperadas no funeral

Vaticano mostra primeiras imagens de Francisco no caixão. O velório aberto ao público às 10h00 portuguesas de quarta-feira e encerrará na sexta-feira, às 18h00 (19h00 em Roma). Funeral será sábado.
Papa Francisco a ser velado na capela de Santa Marta, no Vaticano
Papa Francisco a ser velado na capela de Santa Marta, no VaticanoEPA/VATICAN MEDIA HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Acompanhe aqui as incidências sobre a morte do Papa Francisco

Bom dia!

Acompanhe aqui as incidências desta terça-feira sobre a morte do Papa Francisco.

O sumo pontífice morreu esta segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

Portugal decretou três dias de luto nacional.

Papa Francisco a ser velado na capela de Santa Marta, no Vaticano
Vaticano anuncia que Papa morreu devido a AVC e insuficiência cardíaca. Marcelo lembra "amigo de Portugal"

Patriarca de Lisboa gostaria de ver um português a suceder a Francisco

O Patriarca de Lisboa, Rui Valério, confessou esta segunda-feira à noite que gostaria de ver como sucessor em Roma do Papa Francisco "um português, um lusitano".

"Isso seria maravilhoso, e seria a melhor forma de nós homenagearmos o nosso conterrâneo, o Papa João XXI, cujo corpo e restos mortais repousam no Vaticano", acrescentou no final de uma missa em honra de Francisco na Sé de Lisboa.

O Patriarca vincou que "foi incansável a labuta do Papa Francisco para aproximar os povos uns dos outros, para aproximar as pessoas, era por isso que ele sofria tanto".

"Os últimos meses, os últimos anos foram verdadeiramente um calvário para o Papa Francisco. Ele tudo fez para que a luz da paz voltasse a brilhar sobre a Terra e ele, enfim, testemunhou o despontar de tantos focos de conflito, de tantas guerras violentas e isso, certamente, que era contrário a tudo aquilo que ele sentia dentro do coração", acrescentou o patriarca.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, participaram na missa em honra do Papa Francisco.

Em representação do Governo, Paulo Rangel não quis prestar declarações à entrada da Sé, sublinhando apenas que era "uma celebração religiosa e que esse caráter devia ser respeitado", enquanto isso Marcelo, que já tinha falado ao país às 20:00, também não prestou declarações.

Várias figuras marcaram presença na missa que foi convocada para as 21:00, como foi o caso do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, os dirigentes do CDS, Telmo Correia e o deputado Paulo Núncio que, juntamente com Paulo Rangel e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, assistiram na primeira fila à eucaristia.

À entrada da Sé de Lisboa, Carlos Moedas sublinhou que "em nome dos Lisboetas" esteve ali para agradecer ao Papa Francisco por tudo aquilo que fez pela cidade.

O autarca recordou as Jornadas Mundiais da Juventude que ocorreram na cidade em 2023 e relembrou também os elogios que a cidade recebeu "de toda a Igreja Católica, mas também de tantas pessoas que reconheceram o trabalho dos lisboetas e da Câmara Municipal", sublinhando que "aquele que foi um momento único para Lisboa".

À Sé de Lisboa dirigiram-se centenas de fiéis que quiseram despedir-se do Papa Francisco, com algumas pessoas a ter que assistir à missa de pé devido à grande afluência.

O Patriarcado de Lisboa disponibilizou no exterior um ecrã para os fiéis que quisessem assistir à eucaristia.

Durante a homilia o patriarca de Lisboa, Rui Valério, destacou que o Papa sempre esteve atento aos "pobres, os migrantes, os doentes, os últimos e os descartados", sendo "a sua mensagem central um convite constante à misericórdia".

A despedida na Sé de Lisboa ao Papa que marcou as pessoas pela simplicidade

Numa eucaristia de homenagem ao Papa Francisco, centenas de pessoas, incluindo vários jovens, dirigiram-se até à Sé de Lisboa para se despedirem do Papa que se demarcou pela simplicidade.

"Particularmente e concretamente como igreja grata de Lisboa e reconhecida a ele, sigamos o seu exemplo de simplicidade escuta e fidelidade ao Evangelho". Estas foram as palavras do patriarca de Lisboa, Rui Valério, durante a homilia que celebrou em homenagem à vida do Papa Francisco, uma vida que "foi marcada por uma transformação pascal: da doença à oferta, da idade à sabedoria, do sofrimento à esperança".

Foi nas escadas à saída da Sé, já depois de terminada a missa, que Constança, com 20 anos de idade, admitiu que esteve nas Jornadas Mundiais da Juventude em 2023 e confessou que já esperava a partida do Papa, devido à sua idade, mas que "há sempre uma tristeza muito grande porque foi um Papa que acompanhou os jovens".

"Ele acompanhou-nos, crescemos com ele, nós crescemos na fé com o Papa", acrescenta.

Já João recebeu "a notícia dolorosa" do falecimento do Papa com muito custo, uma vez que o sumo pontífice "tinha um carinho especial pelo país".

"Como, católico, como português, marcou-me bastante", adiantou o jovem de 22 anos, que assistiu à eucaristia com os seus amigos.

O patriarca de Lisboa, que convocou esta missa em homenagem a Francisco pouco depois do anúncio do óbito pelo Vaticano, disse que pouco tempo antes de falar aos jornalistas alguém lhe "confidenciava que também quando foi a partida do Papa São João Paulo II, a Sé se encheu de tal maneira".

"Eu não presenciei esse momento, mas emocionou-me, porque verdadeiramente o Papa Francisco entrou dentro dos nossos corações, ali permanece, e creio que essa presença, que agora é reforçada pela saudade, mas também por um profundo sentido de esperança, que essa presença se transforme, como nós também na mesma homilia desejávamos", acrescentou Rui Valério.

A eucaristia comoveu imensas pessoas tanto no interior, como no exterior da Sé, e João admite ser uma delas, uma vez que gosta muito de assistir às missas celebradas pelo patriarca e acima de tudo comoveu-o por ver a Sé de Lisboa, "que é uma igreja tão bonita, cheia de portugueses".

Nas suas últimas palavras durante a missa, numa Sé adornada por centenas de caras, Rui Valério defendeu que todos "somos responsáveis por receber e viver o testamento do Papa Francisco a sua herança de fraternidade, de amizade e de amor" e pediu à Virgem Maria, "Mãe da Esperança, que acolha de braços bem abertos, com aquela abertura que o Papa Francisco sonhou para a Igreja, da qual ela é imagem a este seu filho que tanto a amou e anunciou".

Lusa

Governo timorense decreta luto nacional até 28 de abril

O Governo de Timor-Leste decretou esta terça-feira luto nacional até ao próximo dia 28 em sinal de pesar pela morte, na segunda-feira, do Papa Francisco, segundo o comunicado da reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

O luto, que teve início às 10:00 desta terça-feira (02:00 em Lisboa) em Díli, termina às 00:00 locais da próxima segunda-feira (16:00 de domingo).

“Durante o período de luto nacional, a bandeira nacional deve ser mantida a meia haste em todos os edifícios públicos, incluindo embaixadas, consulados e outras representações do Estado no estrangeiro, bem como nas embarcações do Estado”, pode ler-se no comunicado.

Os membros do Governo também se deslocaram hoje à Residência Episcopal para prestar homenagem ao Papa Francisco e assinar o livro de condolências, que estará disponível, durante o período da tarde, para as organizações internacionais e corpo diplomático acreditado em Díli.

Diocese de Macau recorda líder exemplar que "percorreu muitas terras"

A diocese católica de Macau recordou hoje as muitas viagens durante o pontificado do Papa Francisco, que não chegou a realizar o sonho de se deslocar à China.

O Papa "proclamou ardentemente a infinita misericórdia de Deus, semeou esperança entre os fiéis, percorreu muitas terras e cuidou com ternura dos mais frágeis, tornando-se um modelo exemplar de liderança pastoral", de acordo com um comunicado divulgado no portal da diocese na Internet.

Na nota refere-se que o bispo de Macau, Stephen Lee Bun-sang, está entre os que rezam "preces fervorosas pelo eterno descanso da alma do Papa Francisco e para que seja recebido na glória do Reino Celestial".

A diocese agradeceu as condolências expressas por "todos aqueles que, com bom coração, partilham deste momento de luto" e prometeu anunciar mais tarde os preparativos para os serviços religiosos em memória de Francisco a realizar em Macau.

Segundo estatísticas da diocese de Macau, até ao fim de 2020, o número de católicos no território era de 32.013, sendo a maioria membros da comunidade chinesa.

Ao contrário da China continental, as dioceses das duas regiões administrativas especiais chinesas de Macau e Hong Kong continuam a reconhecer a liderança do Papa e os bispos são nomeados diretamente a partir do Vaticano.

Em 1951, já com o regime comunista de Mao Zedong no poder, a excomunhão dos bispos designados por Pequim pelo papa Pio XII levou a China e o Vaticano a cortarem relações diplomáticas.

A China estabeleceu então a Associação Patriótica Católica Chinesa, levando os fiéis a terem de optar entre esta, com bispos nomeados pelo regime, ou a Igreja Católica, leal ao papa, então na clandestinidade.

Já durante a liderança de Francisco, deu-se uma aproximação dos dois lados, com a assinatura em 2018 de um acordo para a nomeação de bispos. Estima-se que existam cerca de 12 milhões de católicos no país.

Francisco expressou repetidamente o desejo de visitar a China.

Em 2014, Francisco tornou-se o primeiro Papa a sobrevoar a China, entrando no espaço aéreo do país, e enviou um telegrama ao Presidente chinês, Xi Jinping, durante uma viagem apostólica à Coreia do Sul.

Algo que voltaria a fazer em 2023, durante um voo em direção à Mongólia.

Vaticano divulga imagens do Papa a ser velado na capela de Santa Marta

O corpo do Papa Francisco está a ser velado na capela de Santa Marta, na Cidade do Vaticano, tendo o Vaticano divulgado imagens do sumo pontífice.

Atendendo ao pedido do próprio, o corpo foi colocado dentro de um caixão de madeira em vez do féretro, que foi usado em funerais de papas anteriores.

Também era desejo do Papa Francisco ser colocado num caixão simples de madeira com revestimento de zinco, em vez dos tradicionais três caixões feitos de cipreste, chumbo e carvalho.

Zelensky prepara presença no funeral de Francisco

O chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, tenciona assistir ao funeral do Papa Francisco, disse hoje à Agência France Presse uma fonte da Presidência da Ucrânia.

A fonte da Presidência ucraniana disse hoje à France Presse que Kiev aguarda a divulgação da data do funeral para preparar a deslocação de Zelensky.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai estar presente nas cerimónias fúnebres.

O anúncio do chefe de Estado francês ocorreu durante uma conferência de imprensa em Saint-Denis, capital da Ilha da Reunião, território ultramarino francês no Índico.

Anteriormente, o gabinete da Presidência dos Estados Unidos anunciou que Donald Trump vai estar presente no funeral do chefe de Estado do Vaticano.

Funeral será no sábado de manhã

O funeral do Papa Francisco vai acontecer no sábado às 10h locais (9h em Lisboa), confirmou o Vaticano.

O corpo do sumo pontífice será levado esta quarta-feira de manhã para a Basílica de São Pedro.

Roma prepara-se para funeral e eleição do sucessor de Francisco

Roma acordou hoje com mais polícia nas ruas e mais funcionários municipais a prepararem a cidade para a grande afluência de peregrinos e turistas, após a morte do papa Francisco, na segunda-feira.

“Vamos começar a fechar as ruas. Vem sempre muita gente ver o papa e depois o conclave”, explicou Francesco, um dos polícias que esticava, pela manhã de hoje, fitas amarelas nas ruas adjacentes à Praça de São Pedro.

O corpo do líder da Igreja Católica está agora a ser velado na Casa de Santa Marta, onde Francisco viveu, e a partir de quarta-feira a urna será transferida para a Basílica de São Pedro, para que os fiéis possam rezar diante dos restos mortais.

Para hoje, está agendada também a primeira congregação de cardeais no período de Sede Vacante, em que a Igreja está sem líder até à nova eleição, na qual será estipulada a liturgia fúnebre de Francisco.

Durante este período, o funcionamento essencial da Cúria será administrado pelo camerlengo Kevin Farrell enquanto as reuniões dos cardeais serão lideradas pelo cardeal decano, o italiano Giovanni Battista Re.

Mas se a Igreja se prepara para os próximos dias, as autoridades civis estão preocupadas com as próximas quatro a cinco semanas, entre os ritos fúnebres e o conclave eleitoral do sucessor.

“Nós fomos informados para cancelar as férias para este período. Já estávamos à espera que nos pedissem isso e é para isso que cá estamos”, afirmou Giulia, operadora de comunicação da proteção civil italiana, que está junto a um dos pontos laterais da Praça de São Pedro.

A praça de São Pedro começou a ter algumas zonas condicionadas, os jornalistas de televisão ficaram confinados a um espaço lateral e já estão a ser colocados ecrãs gigantes na rua da Conciliação, defronte da Praça.

“Vem sempre muita gente, muitos turistas, muitos peregrinos, muitos curiosos. E até nós queremos ver quem vai ser o novo Papa”, afirma Luisa Ferraro, funcionária de uma loja de venda de artigos religiosos.

“Mas o que morreu era muito bom. Melhor que muitos dos italianos que cá andam”, sussurrou, entre sorrisos.

"Ele chegou a vir aqui e viu uma imagem dele, como esta aqui", apontando para um calendário A4, que compete no escaparate com fotos de Roma e de João Paulo II.

E "disse-nos que a foto o favorecia", recorda Luísa.

Mas se Roma se prepara para o funeral e a eleição do sucessor esse é um problema que não se coloca a quem hoje faz grande parte das filas para os museus do Vaticano.

“Estou cá de férias, dos Estados Unidos. Para ver Roma e rezar pelo meu país”, afirma Stanley Finn, que veio de Seattle à Europa antes que o “mundo entre num caos ainda maior”.

“Estou cá só hoje e amanhã. É uma pena que ele tenha morrido, era um bom homem e vai-nos fazer muita falta”, diz.

A morte de Francisco não chegou aos guias turísticos de Roma. “As pessoas não falam nisso. Querem ver Roma, independentemente do Papa”, resume Daniel Espinal, enquanto segura uma bandeira e guia um pequeno grupo por outras ruas, para fugir aos condicionamentos impostos pelas autoridades.

Lusa

Presidente e chefe da diplomacia de Timor-Leste nas cerimónias fúnebres

O Presidente timorense, José Ramos-Horta, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bendito Freitas, vão representar Timor-Leste nas cerimónias fúnebres do Papa Francisco no Vaticano, disse hoje o vice-primeiro-ministro, Mariano Assanami Sabino.

“O Governo será representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, que viaja ainda hoje ou quarta-feira, que acompanhará o chefe de Estado”, afirmou o vice-primeiro-ministro.

Mariano Assanami Sabino falava aos jornalistas na residência do arcebispo de Díli, após ter assinado o livro de condolências.

José Ramos-Horta está fora do país em visita oficial à Bulgária, seguindo depois para o Reino Unido.

Putin sem planos para ir ao funeral

O Presidente russo, Vladimir Putin, não planeia marcar presença no funeral do Papa Francisco, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

"O presidente não tem tais planos", disse.

Segundo Peskov, ainda não foi tomada qualquer decisão sobre quem irá representar a Rússia na cerimónia, que se realiza no sábado.

Vários líderes mundiais são esperados na cerimónia. Os presidentes do Brasil, dos Estados Unidos, da França, da Alemanha e da Ucrânia são alguns dos que já confirmaram a presença. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, também já está confirmada, bem como o presidente e a primeira-ministra italianos.

Marcelo assina livro de condolências na Santa Sé. Luto nacional deverá ser de 24 a 26 de abril

Marcelo Rebelo de Sousa já assinou o livro de condolências pela morte do Papa Francisco na nunciatura apostólica da Santa Sé de Lisboa, agradecendo tudo o que fez por Portugal, incluindo a canonização dos três pastorinhos de Fátima e a presença na Jornada Mundial da Juventude em 2023.

"Vou assinar agora o luto nacional e será em princípio de dia 24 a dia 26. A ideia da Assembleia da República é manter a sessão de dia 25, começando com uma nota de pesar pela morte do Papa Francisco. Em principio irá ao Vaticano uma delegação composta pelo Presidente da República, primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República e ministro dos Negócios Estrangeiros. O Papa Francisco disse alguma coisa a cada um dos portugueses", afirmou o Presidente da República à saída da Santa Sé.

Corpo de Francisco na Basílica de São Pedro a partir de amanhã e até sexta-feira

O féretro do Papa Francisco será trasladado para a Basílica de São Pedro amanhã, quarta-feira.

O velório será aberto ao público às 10h00 portuguesas de quarta-feira (11h locais) e encerrará na sexta-feira, às 18h00 (19h em Roma).

Na quinta-feira, a câmara ardente estará aberta entre as 7h00 e meia-noite locais (menos uma hora em Portugal), voltando a abrir na sexta-feira às 7h00 para que os fiéis se possam despedir pela última vez, encerrando o velório nesse dia às 19h00.

Sessão do 25 de Abril no parlamento respeita legado de Francisco, defende Aguiar-Branco

O presidente da Assembleia da República considera que a manutenção da sessão solene do 25 de Abril no parlamento, mesmo em pleno luto nacional, respeita o legado deixado pelo Papa Francisco em defesa do pluralismo democrático.

Esta posição foi defendida por José Pedro Aguiar-Branco em declarações aos jornalistas à porta da Nunciatura Apostólica da Santa Sé, em Lisboa, onde assinou o livro de condolências pela morte do Papa.

Cardeal António Marto diz que não há lugar para retrocesso na Igreja e que novo Papa deve continuar processos de Francisco

O cardeal António Marto, um dos quatro portugueses que vão integrar o conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco, afirmou esta terça-feira que não há lugar para retrocesso na Igreja Católica e que o seu futuro líder deve ter uma “mente jovem”.

“Uma mente jovem, por aí, e com energia jovem também”, disse aos jornalistas António Marto, no Santuário de Fátima, garantindo ter já feito a sua escolha, que não revelou.

Questionado sobre qual deve ser o perfil do futuro Papa, depois de salientar que Francisco, que morreu na segunda-feira, “rasgou novos caminhos para a Igreja e para a humanidade”, o cardeal, bispo emérito da Diocese de Leiria-Fátima, defendeu ser necessário continuidade.

“Há coisas que já não se pode voltar atrás, não podemos fazer retrocesso”, defendeu, notando que se vive num tempo com “novas condições, novos desafios, que exigem novas respostas, novos caminhos, novos métodos, novas linguagens”.

Para o cardeal, “o Papa iniciou processos que agora precisam de ser continuados”.

“Eu penso que a maior parte dos cardeais estará convencida de que terá de ser um candidato que dê seguimento a estes processos iniciados pelo Papa Francisco”, sustentou.

Presidente de São Tomé e Príncipe destaca "exemplo de fé"

O presidente de São Tomé e Príncipe disse hoje que o Papa Francisco, que morreu na segunda-feira, deixa um "exemplo de liderança na fé".

"Conhecido por ser acolhedor, por promover a simplicidade e por se envolver em questões sociais, ambientais e de justiça, (...) deixa-nos o exemplo de uma liderança na fé e convida-nos a ser empreendedores de sonhos e não administradores de medos", disse Carlos Vila Nova numa nota de condolências enviada ao Vaticano.

O Papa Francisco, acrescenta o chefe de Estado de São Tomé e Príncipe, "foi um Papa reformador e referência universal de humanismo em defesa dos deserdados da terra".

Apresentando as condolências "à Igreja Católica pela morte do Papa Francisco, (...) guia espiritual", Vila Nova espera "que a memória de sua liderança e fé inspire esperança e união entre todos nós.

Treze cardeais lusófonos ajudam a escolher sucessor de Francisco

O próximo Papa será eleito por 135 cardeais, entre os quais estão sete brasileiros e quatro portugueses, a que se juntam, entre os lusófonos, um de Timor-Leste e outro de Cabo Verde.

De acordo com os dados da Santa Sé, o sucessor do Papa Francisco será escolhido também com a contribuição de 16 eleitores africanos, do total de 28 cardeais africanos que integram o colégio cardinalício.

O Brasil é o país que, no universo da lusofonia, mais contribui para a escolha: João Braz de Avis, Odilo Pedro Scherer, Orani João Tempesta, Leonardo Ulrich, Sérgio da Rocha, Jaime Spengler e Paulo Ceza Costa são os sete cardeais que vão votar no próximo Conclave, no qual vão participar também o timorense Virgílio do Carmo da Silva e o cabo-verdiano Arlindo Gomes Furtado, ambos com direito de voto, ao contrário do cardeal moçambicano Júlio Duarte Langa, que não é eleitor.

Os portugueses eleitores são os cardeais António Marto, Manuel Clemente, José Tolentino de Mendonça e Américo Alves.

De África, o cardeal cabo-verdiano é o único representante da lusofonia, de entre os 16 eleitores africanos que vão contribuir para a escolha do sucessor do papa Francisco.

Lusa

Donald Trump viaja sexta-feira para Roma

Donald Trump vai viajar para Roma na sexta-feira para assistir às cerimónias fúnebres do Papa Francisco.

A informação foi avançada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em conferência de imprensa, onde revelou que o presidente dos Estados Unidos ordenou que todas as bandeiras federais e estaduais fossem hasteadas a meia haste em homenagem ao Papa.

Zelensky disponível para encontro com Trump no Vaticano

Volodymyr Zelensky admitiu estar disponível para se reunir com Donald Trump, aproveitando a presença dos dois chefes de Estado no funeral do Papa Francisco, no Vaticano.

“Estamos sempre prontos para nos encontrarmos com os nossos parceiros dos Estados Unidos”, disse o presidente da Ucrânia em conferência de imprensa.

PS apoia atribuição ao Parque Tejo o nome de Papa Francisco

O PS/Lisboa aprovará a ideia do presidente da autarquia lisboeta, Carlos Moedas, de atribuir ao Parque Tejo o nome do Papa Francisco.

A notícia foi avançada hoje agência Lusa, acrescentando que os socialistas alertaram ainda para o abandono do espaço.

Para já ainda não está ainda agendada a discussão em reunião de câmara.

Mais de 200 mil pessoas são esperadas para funeral de Francisco

Mais de 200 mil pessoas são esperadas na praça de São Pedro, no sábado, para assistir ao funeral do Papa Francisco, segundo uma estimativa da Comissão de Ordem e Segurança Pública, hoje reunida na câmara de Roma.

É igualmente aguardada a chegada de pelo menos uma centena de delegações estrangeiras, foi também estimado na reunião na câmara, presidida pelo ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi.

A maioria dos líderes estrangeiros que assistirão à cerimónia fúnebre deve chegar a Roma no próprio sábado e partir durante o dia, ao passo que a chegada à cidade do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prevista para sexta-feira.

Lusa

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