Uma grávida de 35 anos, que passou dois dias presa nos escombros de um bloco de apartamentos em Mandalay, Myanmar, morreu este sábado, logo depois de ter sido resgatada."Tentámos tudo para a salvar”, disse um dos elementos da equipa médica, citado pela AFP.Segundo a mesma fonte, Mathu Thu Lwin perdeu demasiado sangue, na sequência da amputação de uma perna realizada no hospital de campanha montado perto do local do sinistro.A jovem ficara presa nos escombros do Condomínio Sky Villa, um dos vários edifícios destruído no terramoto de magnitude 7,7 que afetou a região, na sexta-feira, e que já vitimou pelo menos 1.700 pessoas.Os socorristas fizeram uso de um berbequim, de uma serra elétrica e de serras rotativas para penetrar no betão e retirar Mathu Thu Lwin.O número oficial de mortos do sismo situa-se nos 1.700, havendo ainda registo de 3.400 feridos e 300 desaparecidos, de acordo com os canais de Telegram pró-junta militar, que citam os governantes da antiga Birmânia..O terramoto de magnitude 7,7 que atingiu na sexta-feira o centro-norte de Myanmar (antiga Birmânia) destruiu 70% de Sagaing, uma das duas cidades mais próximas do epicentro, segundo a Cruz Vermelha birmanesa"Os danos são verdadeiramente enormes", disse à EFE, por telefone, a diretora de comunicação para a Ásia-Pacífico da Federação Internacional, Afrhill Rances, indicando ter recebido as dados sobre a destruição dos seus parceiros da Cruz Vermelha de Myanmar..A maioria das mortes (11) ocorreu após o desabamento de um edifício em construção perto do mercado turístico de Chatuchak, na capital, enquanto as outras sete foram registadas noutros pontos da cidade, segundo o balanço do Governo de Banguecoque, divulgado na rede social Facebook.Lusa .A agência de notícias Myanmar Now noticiou este domingo que os crematórios em Mandalay estão com muitas dificuldades em lidar com o aumento do número de vítimas mortais na sequência do sismo - última contabiidade aponta para cerca de 1700 mortos.A Myanmar Now relata que os principais cemitérios, incluindo Kyanikan, Taung-Inn e Myauk-Inn, estão lotados na segunda maior cidade de Myanmar, que tem uma população de cerca de 1,5 milhões de pessoas.Por isso algumas famílias enlutadas estão a ser obrigadas a cremar os corpos dos parentes fora dos cemitérios, alguns em plena rua."Ontem cremámos mais de 300 corpos. Esta manhã mais de 200", disse um morador de um local de cremação ao Myanmar Now. .A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) apelou hoje à angariação urgente de mais de 100 milhões de dólares (92,4 milhões de euros) para ajudar as vítimas do sismo em Myanmar."Para reforçar o nosso apoio, a FICV está a lançar um apelo de emergência para angariar 100 milhões de francos suíços (115 milhões de dólares) para ajudar 100.000 pessoas (20.000 agregados familiares)", explicou a maior rede humanitária do mundo.Com o aumento das temperaturas e a chegada da estação das monções dentro de algumas semanas, as comunidades afetadas devem ser estabilizadas com urgência "antes que surjam crises de emergência secundárias", insistiu a FICV."Não se trata apenas de uma catástrofe, mas de uma crise humanitária complexa, que se vem juntar às vulnerabilidades existentes", afirmou Alexander Matheou, diretor regional da organização para a Ásia-Pacífico.Lusa.O chefe militar de Myanmar comunicou este domingo ao primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, que cerca de 1700 pessoas morreram vítimas do sismo no país, acrescentando que há perto de 3400 feridos e 300 desaparecidos. O número de mortos pode aumentar, acrescentou.O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) estima, contudo, que o número de mortos na sequência do sismo possa superar os 10.000. Este serviço já emitiu um alerta vermelho para as fatalidades estimadas do sismo, indicando "altas baixas e danos extensos"..Foi registada uma réplica de magnitude 5,1 a noroeste de Mandalay, no município de Mattara, às 15h38 locais (9h08 GMT) deste domingo, de acordo com o US Geological Survey, que monotoriza terramotos em todo o mundo. Um habitante de Amarapura, uma cidade próxima de Mattara, disse à BBC que foi o sismo mais forte que sentiram desde o forte abalo registado a 28 de março. Outro sismo, de magnitude 4,2, foi sentido por volta da meia-noite da noite passada. Muitas das 1,5 milhões de pessoas de Mandalay passaram as últimas duas noites a dormir nas ruas ou ficaram sem casas. Foam ouvidos gritos neste domingo quando foi sentida uma réplica, mas não houve relatos de mais danos, de acordo com a Associated Press.A última contabilidade, ainda divulgada no sábado, aponta para 1644 mortos e 3408 feridos em Myanmar.O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) estima, contudo, que o número de mortos na sequência do sismo possa superar os 10.000. Este serviço já emitiu um alerta vermelho para as fatalidades estimadas do sismo, indicando "altas baixas e danos extensos"..A embaixada chinesa em Miyanmar revelou que pelo menos 12 deos seus cidadãos ficaram feridos no terramoto em Myanmar, o país mais atingido pelo sismo - partes do sudoeste da China também foram afetadas..O Governo japonês anunciou hoje que oferecerá "todo o apoio possível" a Myanmar (antiga Birmânia) para enfrentar os danos causados pelo sismo de 7,7 graus de magnitude que atingiu o país na sexta-feira, deixando mais de 1.600 mortos.Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Japão expressa que "continua empenhado em apoiar" o povo de Myanmar e "continuará a prestar assistência"."Face aos danos sofridos por Myanmar, o Governo japonês está preparado para prestar todo o apoio possível. Estamos atualmente a avaliar as necessidades no terreno, as condições de segurança e o acesso às zonas afetadas para determinar a melhor forma de ajudar", declarou o ministério japonês.Lusa