Musk quer começar a enviar missões a Marte no próximo ano
Elon Musk, fundador da SpaceX, afirmou este sábado que a primeira missão não tripulada rumo a Marte deverá ocorrer até ao final do próximo ano, 2026, apesar dos contratempos registados em testes recentes com o gigantesco foguetão Starship, de 123 metros de altura, o maior já construído.
Em janeiro e novamente na última semana, explosões durante os testes no Texas demonstraram as dificuldades enfrentadas e levaram a uma investigação obrigatória pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), que exigirá uma revisão detalhada dos dados para identificar a causa dos incidentes.
Na rede social X, de que é proprietário, Musk destacou que, se as missões iniciais forem bem-sucedidas, a chegada de humanos a Marte poderá dar-se já em 2029, embora considere 2031 uma previsão mais realista.
A NASA também usará uma versão modificada da Starship como módulo lunar para as missões Artemis, que visam o regresso humano à Lua.
Musk tem reiterado os seus planos ambiciosos ao longo dos anos. Em 2016, já planeava enviar a nave espacial Dragon a Marte, e em 2020 demonstrava confiança de que a SpaceX conseguiria realizar um pouso tripulado no planeta vermelho dentro de poucos anos.
O bilionário a quem Trump entregou a missão de cortar despesas na administração pública dos EUA há muito que considera a exploração de Marte como uma necessidade existencial caso a vida na Terra seja comprometida. "Se algo terrível acontecer na Terra, seja provocada por humanos ou um fenómeno natural, queremos ter uma espécie de seguro de vida", disse Musk em 2020.
O dono da Tesla, do X e da SpaceX quer transformar o planeta vermelho numa colónia autossustentável e terá mesmo dito a funcionários da sua empresa aeroespacial, num evento no ano passado, que prevê um milhão de pessoas a viver em Marte até à década de 2040.
Para já, enquanto trabalha para superar os desafios técnicos da Starship, a SpaceX também realizou, na última sexta-feira, o lançamento de um Falcon 9 para levar uma tripulação à Estação Espacial Internacional (ISS) e tentar resgatar os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, que estão retidos na ISS há mais de nove meses.