Ministro da Defesa russo na lista de sanções europeias

A lista de sanções incluí ainda dois bancos e "alguns países pedem que oligarcas russos sejam incluídos nas próximas sanções".

Os 27 decidiram incluir o ministro russo da Defesa Sergei Shoigu na lista de alvos das sanções europeias. De acordo com informações recolhidas pelo DN, a decisão política dos ministros dos Negócios Estrangeiros está confirmada pelos representantes permanentes, que estiveram reunidos desde as 10.00, em Bruxelas.

A lista inclui também "dois bancos russos". De acordo com fonte europeia, "alguns países pedem que oligarcas russos sejam incluídos nas próximas sanções".

"O Embaixador russo em Bruxelas vai agora ser informado formalmente da decisão", acrescentou a mesma fonte.

Na terça-feira, o chefe da diplomacia europeia admitiu que esta lista poderia ser alargada, se a situação se deteriorasse. Esse foi também o sublinhado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"A nossa ação é uma resposta ao comportamento agressivo da Rússia. Se a Rússia continuar a cavalgar esta crise que ela própria criou, estamos prontos para tomar mais medidas como resposta", tinha afirmado von der Leyen, sublinhando que "a União Europeia está unida e a agir rapidamente".

A inclusão do ministro da Defesa decorre da lista de critérios aprovados pelos ministros dos Negócios Estrangeiros.

"Em primeiro lugar, os decisores responsáveis por ameaçar a Ucrânia e os que estão a apoiar financeira e materialmente ou a beneficiar deles, aqueles do setor da defesa que têm desempenhado um papel nas ações de invasão e desestabilização e os que travam uma guerra de desinformação contra a Ucrânia, e os bancos que dão financiamento aos decisores russos e outras operações nesses territórios", esclareceu Josep Borrell.

A lista inclui também "351 membros do parlamento russo, a Duma, que votaram a violação da lei internacional, e integridade territorial, e a soberania da Ucrânia serão incluídos na nossa lista de sanções", acrescentou.

Charles Michel chama chefes de Estado ou de governo a Bruxelas

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel convocou os líderes europeus para uma cimeira de última hora, para avaliar "os últimos desenvolvimentos" e decidir "como lidar com a Rússia".

Charles Michel já emitiu as 27 cartas convites, que dirigiu às capitais europeias, a convocar os governos para um "Conselho Europeu especial na quinta-feira, 24 de fevereiro, que terá lugar presencialmente em Bruxelas e começará às 20h00".

Na missiva, o presidente do Conselho Europeu começa por notar que "o uso da força e da coerção para mudar as fronteiras não tem lugar no século XXI".

"Gostaria de vos agradecer a unidade demonstrada nos últimos dias, nomeadamente através da rápida adoção hoje do pacote de sanções pelo Conselho", continua.

Charles Michel critica "as ações agressivas da Federação Russa", que "violam o direito internacional e a integridade territorial e a soberania da Ucrânia. Eles também minam a ordem de segurança europeia".

"É importante que continuemos unidos e determinados e definimos conjuntamente nossa abordagem e ações coletivas", salientou na carta.

Na reunião convocada de emergência, Charles Michel "gostaria que se discutissem os últimos desenvolvimentos".

No debate será também discutido "como protegemos a ordem internacional baseada em regras", e "como lidamos com a Rússia, nomeadamente responsabilizando a Rússia pelas suas ações"

Por fim, Michel entende que devem ser discutidas formas de como "continuar a apoiar a Ucrânia e o seu povo".

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