Prédio atingido em Kharkiv por bombardeamento russo matou pelo menos seis pessoas e feriu dezenas.
Prédio atingido em Kharkiv por bombardeamento russo matou pelo menos seis pessoas e feriu dezenas.SERGEY BOBOK / AFP

Mercenários russos saem de África para reforçar posições

Moscovo mantém pressão a leste e bombardeamentos em alvos civis, como o mais recente, no qual atingiu um prédio em Kharkiv.
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A incursão da Ucrânia na região russa de Kursk - onde as forças de Kiev dizem continuar a avançar, controlando agora cerca de 1300km2 e 100 localidades - levou a que muitos mercenários russos no Burkina Faso tenham sido transferidos para reforçar as defesas de Moscovo.

Em declarações à AFP, Viktor Yermolaev, chefe da unidade paramilitar conhecida como Medvedi (Ursos) na Rússia e Brigada dos Ursos no Ocidente, disse que muitos dos seus combatentes deixaram o país da África Ocidental liderado por uma Junta Militar aliada de Moscovo, como o Mali e o Níger. A Brigada dos Ursos é um dos vários grupos mercenários que surgiram em paralelo do agora extinto Grupo Wagner do falecido Yevgeny Prigozhin.

O canal Telegram dos referidos mercenários disse no início desta semana que “devido aos recentes acontecimentos” a unidade estava a regressar à Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014, onde está sediada. Uma fonte de segurança ocidental disse que cerca de 100 combatentes daquela unidade tinham deixado o Burkina Faso.

Enquanto a Rússia sente necessidade de reforçar noutros pontos, no Donbass mantém a concentração de tropas e material, com o Exército a avançar para o centro logístico que é Pokrovsk. “A situação mais difícil continua a ser na direção de Pokrovsk. O inimigo está a tentar romper as defesas das nossas tropas”, disse o comandante-em-chefe Oleksandr Syrsky. Do lado russo avança-se com a informação da captura de mais três aldeias, uma na região de Donetsk, outra de Lugansk e, por fim, uma de Kharkiv.

Na zona industrial da cidade de Kharkiv, uma bombardeamento russo atingiu um edifício residencial de 12 pisos e os arredores, tendo matado pelo menos seis pessoas, uma das quais uma criança de 14 anos que se encontrava num parque infantil, e ferido 56 pessoas.

“Precisamos de decisões fortes dos nossos parceiros para acabar com este terror. Precisamos de capacidades de longo alcance”, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, referindo-se às restrições à utilização de mísseis fornecidos pelo Ocidente em território russo.

Com AFP

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