Mais de 30 pessoas morrem em acidente de avião no Cazaquistão
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Mais de 30 pessoas morrem em acidente de avião no Cazaquistão

O acidente com um avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines pode ter sido provocado por o aparelho ter chocado com um bando de pássaros. Autoridades contabilizam 32 sobreviventes da queda.
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Mais de 30 pessoas podem ter morrido num acidente no Cazaquistão com um avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines (AZAL), enquanto 32 sobreviveram, informaram as autoridades indicando que o número oficial de mortos não está confirmado.

"Segundo os dados disponíveis, 32 pessoas sobreviveram à queda do avião da companhia AZAL no Cazaquistão", disse Kanan Zeinalov, porta-voz do gabinete do procurador-geral do Azerbaijão, numa conferência de imprensa.

Peritos dos dois países estão a trabalhar conjuntamente para esclarecer as causas do ocorrido, afirmou, acrescentando que "estão a ser avaliadas todas as versões".

Segundo a Azerbaijan Airlines, o Embraer 190 fazia um voo entre Baku, capital do Azerbaijão e Grozni, capital da república russa da Chechénia.

"Era um voo regular. Tinha de voar para Grozni, mas devido ao nevoeiro enviaram-no para Makhachkala e de lá, aparentemente, para Aktau [no Cazaquistão]", disse inicialmente um porta-voz do aeroporto da capital chechena à agência TASS.

A companhia aérea disse que o acidente pode ter sido provocado por o aparelho ter chocado com um bando de pássaros.

Outros dados e testemunhos de sobreviventes indicam que o acidente se deveu à explosão, presumivelmente, de uma garrafa de oxigénio a bordo da aeronave.  

De acordo com o gabinete de crise criado após a queda do avião, "a tripulação enviou um sinal de socorro às 08:35 locais (03:35 TMG, mesma hora em Lisboa) e reportou uma falha no sistema de controlo".

Logo a seguir houve um pedido para uma aterragem de emergência, em Aktau, mas às 09:28 o avião embateu no solo e deflagrou um incêndio.

Quando o avião se despenhou perto do aeroporto de Aktau, no Mar Cáspio, foram partilhados nas redes sociais vídeos do acidente, mostrando uma densa nuvem de fumo negro no local.

A bordo estariam 67, 69 ou 72 pessoas, incluindo cinco tripulantes, segundo várias fontes citadas pelas agências internacionais.

Todos os sobreviventes foram hospitalizados e alguns estão em unidades de cuidados intensivos. Entre os feridos, há pelo menos dois menores, de 11 e 16 anos.

Segundo o relato de um dos sobreviventes muitas das pessoas que estavam na parte traseira do avião conseguiram sair com vida do acidente.

O homem, de 48 anos, disse que o avião tentou aterrar primeiro em Grozni, mas as condições meteorológicas não o permitiram. Ouviu-se então uma explosão e o avião mudou abruptamente de direção, afirmou.

O avião tinha sido fabricado no Brasil há 11 anos e operava em voos internacionais de Baku para várias cidades da Rússia, Turquia ou Geórgia, entre outros países.

O presidente azeri, Ilham Aliev, declarou um dia de luto nacional no Azerbaijão na quinta-feira.

Aliev tinha chegado à Rússia para participar numa cimeira informal de dirigentes da Comunidade de Estados Independentes (CEI), com Vladimir Putin, mas decidiu interromper a visita e regressar ao seu país.

Presidente da República transmite condolências ao homólogo do Azerbaijão por queda de avião

O Presidente da República transmitiu esta quarta-feira ao seu homólogo do Azerbaijão o seu pesar e as condolências pela queda de um avião no Cazaquistão, em que viajavam cerca de 70 pessoas.

"Neste momento de tristeza, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa expressou ao Presidente do Azerbaijão, no seu nome e do povo português, as condolências aos familiares de todos os que perderam a vida e a rápida recuperação dos feridos no trágico acidente", refere uma nota divulgada no site oficial de Belém.

O chefe de Estado manifestou o seu pesar pela queda do voo J2-8243, das linhas aéreas do Azerbaijão.

Mais de 30 pessoas podem ter morrido no acidente no Cazaquistão com um avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines (AZAL), informaram as autoridades indicando que o número oficial de mortos não está confirmado.

Peritos dos dois países estão a trabalhar conjuntamente para esclarecer as causas do ocorrido, afirmou, acrescentando que "estão a ser avaliadas todas as versões".

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