Mais de 1600 mortes em Myanmar, mas USGS estima que sejam mais de 10.000. Oposição armada decreta cessar-fogo
Grave escassez de material médico está a afetar a assistência em Myanmar, alerta ONU
A ONU alerta que “uma grave escassez de material médico" está a dificultar os esforços para prestar assistência em Myanmar, após o sismo de magnitude 7,7, registado na sexta-feira.
A escassez de material médico inclui "kits de trauma, sacos de sangue, anestésicos, dispositivos de assistência, medicamentos essenciais e tendas para os profissionais de saúde”, revelou este sábado o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) num relatório sobre a situação que se vive em Myanmar.
Emitido alerta de novo sismo para o município de Amarapura, em Myanmar
As autoridades de Myanmar alertaram a população do município de Amarapura, em Mandalay, para a possibilidade de um novo sismo, segundo avançou BBC.
De acordo com a emissora britânica, a população foi aconselhada a estar atenta a um potencial terramoto entre a meia-noite e as 08:00 horas locais (01h30, hora de Lisboa) de domingo.
Braço armado da oposição de Myanmar anuncia interrupção de combates por duas semanas
O braço armado do governo de Unidade Nacional de Myanmar, grupos que se opõem à junta militar no poder desde 2021, anunciou este sábado à tarde que implementará um cessar-fogo unilateral de duas semanas na sequência do sismo e para que a ajuda possa chegar às áreas afetadas, noticia a BBC.
Mulher retirada com vida após 30 horas debaixo dos escombros
Uma mulher foi retirada com vida debaixo dos escombros em Mandalay, Myanmar, depois de ter ficado presa cerca de 3o horas após o sismo que atingiu aquela localidade na sexta-feira.
A mulher foi retirada numa maca e imediatamente abraçada pelo marido, relata a AFP, e posteriormente transportada para o hospital. "Pensava que ela não estava viva. Estou muito feliz", disse o marido à AFP.
Número de mortos em Myanmar sobe para 1644
O número de mortos em Myanmar subiu para 1644, revelou a junta militar do país, citada pela BBC militar do país. Há ainda 3408 feridos e 139 pessoas estão desaparecidas.
Pelo menos 250 pessoas morreram nas 50 mesquitas que se desmoronaram em várias regiões na sequência do terramoto que na sexta-feira atingiu o país, um número que o Conselho Islâmico da Birmânia prevê que vá aumentar.
A meia centena de mesquitas desmoronou-se na capital do país, Naipidó, e nas regiões de Mandalay e Sagaing.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) estima, contudo, que o número de mortos na sequência do sismo possa superar os 10.000. Este serviço já emitiu um alerta vermelho para as fatalidades estimadas do sismo, indicando "altas baixas e danos extensos".
Monges filmam edifício a ruir em Mandalay, Myanmar
Mais de 2600 edifícios destruídos em Myamnar
Mais de 2600 edifícios foram destruídos pelo terramoto de 7,7 graus de magnitude que atingiu Myanmar na sexta-feira, matando mais de mil pessoas, segundo a junta militar no poder neste país do Sudoeste Asiático.
"Mais de 2.600 edifícios, incluindo casas, igrejas, escolas e pagodes, desmoronaram-se", refere um breve comunicado divulgado pela junta militar, através do serviço nacional de rádio e televisão (MRTV).
O regime militar, que detém o poder em Myanmar (antiga Birmânia) desde o golpe de Estado de 2021, informou horas antes que o terramoto da véspera, que atingiu o centro-norte do país (antiga Birmânia), tinha provocado um total de 1.002 mortos, 2.376 feridos e 30 desaparecidos, segundo as primeiras contagens efetuadas após visita a algumas zonas devastadas.
Lusa
Prosseguem operações de resgate no edifício que ruiu em Banguecoque
As equipas de resgate tailandesas estimam que existam, pelo menos, 15 sobreviventes nos escombros do arranha-céus que ruiu, na sexta-feira, em Banguecoque, em consequência do terramoto na vizinha Myanmar, que já fez oito mortos.
Imagem mostra ponte que desabou em Mandalay, Myanmar
Tailândia "voltou à normalidade após terramoto" , diz PM
A primeira-ministra tailandesa Paetongtarn Shinawatra disse hoje que o país "voltou à normalidade" após um terramoto mortal ter abalado a capital Banguecoque.
Shinawatra referiu que apenas um prédio desabou na capital, acrescentando que o edifício estava em construção e que nenhum outro sofreu impacto semelhante.
"Encarregámos o Departamento de Obras Públicas e Planeamento Urbano e Rural de investigar o que aconteceu [com o prédio desabado] e quais seriam os padrões futuros", disse a PM.
Pelo menos 10 pessoas morreram na Tailândia na sequência do terramoto. Na vizinha Myanmar, o número de mortos já ultrapassou os 1000.
12 crianças e um professor morreram após desabamento de uma escola em Myanmar
Entre os prédios que desabaram em Kyaukse, na região de Mandalay, em Myanmar, estava uma escola. Os socorristas que estão no local informaram que foram encontrados na manhã desde sábado corpos de 12 crianças e de um professor.
Há mais crianças soterradas no local. Relatos não confirmados, de acordo com a BBC, apontam que cerca de 50 crianças e seis professores estavam desaparecidos após o desabamento do prédio.
“O número aproximado de pessoas na escola é de 50, mas temos apenas uma lista do número de pessoas que foram retiradas. Retirámos do local 13 corpos", adiantou um membro da equipa de resgate.
A administração da Represa de Kyaukse, a Cruz Vermelha e grupos de assistência social têm ajudado no resgate. Na cidade de Kyaukse, casas e lojas também desabaram devido ao terramoto.
Terramoto em Myanmar libertou energia equivalente a "334 bombas atómicas", diz geóloga
O terramoto de magnitude 7,7 que atingiu Myanmar na sexta-feira libertou a energia equivalente a mais de 300 explosões de bombas atómicas, disse uma geóloga à CNN, alertando que tremores secundários provavelmente continuarão a abalar a região.
"A força que um terramoto como este liberta é de cerca de 334 bombas atómicas", disse Jess Phoenix à CNN.
A especialista também alertou que os tremores secundários podem durar alguns meses, pois a placa tectónica indiana continua a colidir com a placa eurasiana abaixo de Myanmar.
Mais de 1000 mortes e 2376 feridos já confirmados em Myanmar
O sismo de sexta-feira matou pelo menos 1002 pessoas e feriu outras 2.376, disseram as autoridades de Myanmar, que apelaram à ajuda da comunidade internacional, um apelo considerado excecional, tendo em conta a dimensão dos danos humanos e materiais e o isolamento político da junta no poder.
O sismo ocorreu às 12h50 (6h20 em Portugal Continental) de sexta-feira, a uma profundidade de dez quilómetros (km), com epicentro localizado a cerca de 17 km de Mandalay, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que mede a actividade sísmica em todo o mundo.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) estima, contudo, que o número de mortos na sequência do sismo possa superar os 10.000. Este serviço já emitiu um alerta vermelho para as fatalidades estimadas do sismo, indicando "altas baixas e danos extensos".
Assistêcia internacional começa a chegar a Myanmar
Vários países começaram já a enviar equipas de resgate para Myanmar para ajudar nas operações de socorro.
Os líderes militares de Myanmar tomaram a rara medida de solicitar assistência internacional para lidar com os danos do sismo.
Uma equipa chinesa foi o primeiro grupo de resgate internacional a chegar à maior cidade de Myanmar, Yangon, na manhã deste sábado, de acordo com a emissora estatal chinesa CCTV.
Pequim também fornecerá cerca ed 10 milhões de euros em ajuda humanitária, depois do líder chinês Xi Jinping ter falado ao telefone com o chefe da junta de Myanmar, Min Aung Hlaing.
A China é o aliado mais importante da junta militar, além de ser um dos seus maiores parceiros comerciais.
A Rússia também enviou uma de especialistas, incluindo cães, anestesiologistas e psicólogos, disse o ministério de emergências do país.
A Índia também enviou uma equipa médica e de resgaste, e Hong Konk, Singapura e Malásia já revelaram que também vão ajudar.
UE disponibiliza 2,5 milhões de euros para ajudar Myanmar
A União Europeia anunciou na sexta-feira uma ajuda de 2,5 milhões de euros para Myanmar (antiga Birmânia), afetada por um sismo de 7,7 na escala da Richter, que causou pelo menos 144 mortos e 732 feridos, segundo a junta militar.
“Esta ajuda vai trazer alívio imediato às pessoas afetadas”, disse, em comunicado, a comissária para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib.
Antes, a União Europeia informou que tinha mobilizado o programa de observação por satélite para ajudar a socorrer as vítimas do terramoto.
“Os satélites europeus Copernicus já estão a ajudar os primeiros socorristas. Estamos prontos para prestar mais apoio”, anunciou então a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na rede social X.
Também na sexta-feira, houve várias disponibilizações de ajuda, desde a Organização das Nações Unidas, cujo secretário-geral, António Guterres, afirmou que a organização se está a mobilizar para ajudar as vítimas do terramoto.
Guterres avançou ainda que “há outros países afetados”, mas que “o epicentro está em Myanmar, e Myanmar é o país mais fraco na situação atual”.
Da mesma forma, também a Organização Mundial de Saúde, os Médicos Sem Fronteiras e os EUA já manifestaram a vontade de ajudar.
Lusa