"O ITS Giovanni Delle Bande Nere participou do Formidable Shield 2025, "um exercício planeado e liderado pelos Estados Unidos. Que a NATO apoiou, possibilitou e no qual, obviamente, participou. Fundamentalmente, este exercício visa ajudar a que as nações participantes melhorem a sua prontidão para o combate, especialmente na defesa aérea e antimíssil integrada e na defesa antimíssil balística", explica o almirante Jeffrey Anderson, comandante tanto do STRIKFORNATO, baseado em Oeiras, como da 6.ª Frota dos Estados Unidos, à reportagem do DN.É a primeira vez que o navio-patrulha está no Tejo, mas não surpreende, pois é o mais recente reforço da Marinha Italiana, ao serviço apenas desde outubro, informa o capitão Francesco D’Uva, que é quem acompanha a equipa de reportagem do DN..“A característica mais importante deste navio é a flexibilidade. A flexibilidade é um conceito tático. Assim, basicamente, o navio pode cumprir um número bastante grande de tarefas, dentro da mesma missão”, destaca o almirante Aurelio De Carolis, comandante-em-chefe da frota italiana. Que acrescenta: “E é também dotado de versatilidade. Isto significa diferentes tipos de missões. Pode ser de assistência humanitária e de socorro em catástrofes, graças ao espaço logístico que temos, até o facto de estar equipado com mísseis, mísseis terra-ar, mísseis superfície-superfície, um equipamento de guerra antissubmarino, um ótimo equipamento de radar muito avançado e um sistema de gestão de combate muito eficiente e eficaz. E tudo é de última geração. Todos os produtos são os mais recentes e tudo é feito por empresas italianas, exceto o sistema de mísseis, que se baseia na cooperação europeia, basicamente entre Itália e França". O almirante também avalia a participação no exercício militar. "Para o ITS Giovanni Delle Bande Nere participar no 'Escudo Formidável' foi muito importante, porque seria muito caro, para um só país, fazer algo deste género sozinho. Esta tripulação, este navio, estão mais preparados, agora, para qualquer desafio do que antes. Pudemos testar os nossos sistemas de radar de uma forma que não poderíamos ter feito sem este tipo de alvo. Mísseis, simulando mísseis a voar a alta velocidade. Quando digo muito alto, quero dizer algo em torno de 4,5 mach, no máximo, o que significa mais de 5000 quilómetros por hora. E podemos rastrear esses mísseis. Claro que não posso entrar em mais pormenores, dada a relevância do que estou a dizer. Depois, pudemos testar a capacidade de realizar vigilância aérea, localizar alvos, atacar alvos, lançar mísseis, atacar artilharia e muitas outras atividades. Claro que também na área da defesa contra sistemas aéreos não-tripulados, UAV, USV, que é algo que enfrentamos hoje em dia quando enviamos navios para o Mar Vermelho”, explica.