Israel lança operação 'Nação de Leões'. "Atacámos o centro nuclear do Irão", disse Netanyahu
Dezenas de explosões sacudiram esta madrugada Teerão, a capital iraniana, e outras zonas do Irão, sob bombardeamento de Israel, que faz "ataques preventivos" ao regime islâmico.
Cerca de uma hora depois do início do ataque, o Exército israelita assumiu a operação, batizando-a como Nação de Leões e justificando-a com o facto de o Irão estar prestes a conseguir enriquecer urânio num estado de pureza suficiente para construir armas nucleares.
Logo depois, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, numa declaração televisiva, que o Irão tinha enriquecido urânio suficiente para produzir "nove armas atómicas".
"Atacámos o centro nuclear do Irão", disse Netanyahu, garantindo que esta operação é essencial para a segurança de Israel e do mundo, porque não apenas "o Irão esta a trabalhar para destruir" o seu país, como quer levar esse poder de destruição ao resto "do mundo civilizado".
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"O Irão quer levar a morte à América", disse ainda Netanyahu, que agradeceu ao presidente Donald Trump por todos os avisos que lhe fez sobre a ameaça que o regime iraniano representa.
Já numa publicação nas redes sociais, as Forças Armadas de Israel afirmou ter concluído a "primeira fase de ataques", que incluiu ataques a "dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes zonas do Irão".
"Dezenas de aeronaves da Força Aérea completaram recentemente o ataque inicial, que incluiu o ataque a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em várias áreas do Irão”, pode ler-se na nota publicada no Telegram.
Segundo as IDF, “as armas de destruição maciça às mãos do regime iraniano são uma ameaça para o Estado de Israel e uma ameaça significativa para o mundo inteiro. O Estado de Israel não permitirá que um regime, cujo objetivo é a destruição do Estado de Israel, possua armas de destruição maciça."
Dezenas de aeronaves da Força Aérea completaram recentemente o ataque inicial, que incluiu o ataque a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em várias áreas do Irão.”
As FDI têm vindo a conduzir um longo processo de avaliações e preparações para a campanha na frente e na retaguarda. A resiliência civil será uma componente importante da campanha.”
Apesar de afirmar que os alvos principais foram destruídos as Forças Armadas deixaram desde logo claro que esta é uma operação em progresso. Cerca de duas horas depois, uma nova vaga de explosões voltou a fazer-se sentir no Irão, no que seria a segunda fase da operação.
Nas redes sociais surgem imagens de Teerão com as nuvens resultantes das explosões dos mísseis israelitas.
À Reuters, duas fontes militares norte-americanas garantiram, sob anonimato, que as Forças Armadas norte-americanas não estão envolvidas neste ataque.
Ministro da Defesa de Israel espera retaliação "em breve"
“Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irão, espera-se em breve um ataque com mísseis e UAV [drones] contra o Estado de Israel e a sua população civil”, afirmou de seguida o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, citado pelos media internacionais.
Katz assinou de imediato uma ordem especial impondo o estado de emergência "em todo o Estado de Israel.”