Israel Katz, ministro da Defesa israelita, aprovou esta quarta-feira, 20 de agosto, os planos do Exército israelita para ocupar a cidade de Gaza, que incluem a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva.O Ministério da Defesa israelita aprovou a mobilização de 60 mil reservistas para a tomada da cidade de Gaza, no norte do enclave costeiro palestiniano, confirmou à AFP fonte governamental.De acordo com o Ministério da Defesa, o ministro Israel Katz "aprovou o plano de ataque" contra a maior cidade do território palestiniano tendo convocado "os reservistas necessários para a missão".Por outro lado, a mesma fonte disse ainda à AFP que o ministro Israel Katz aprovou os "preparativos humanitários" para a retirada da população da cidade de Gaza.As primeiras informações sobre a mobilização dos reservistas foram noticiadas na edição de hoje do jornal israelita Maariv.Segundo o jornal mais de 60 mil reservistas vão receber hoje ordens para se apresentarem nas unidades militares nas próximas duas semanas, enquanto outros 70 mil efetivos devem prolongar o serviço por mais "30 ou 40 dias".O plano também prevê a retirada de toda a população da cidade de Gaza, estimada em cerca de um milhão de pessoas, muitas delas deslocadas de outros locais da Faixa de Gaza. .Hamas aceita proposta para uma trégua de 60 dias. Israel ainda não respondeu formalmente. A decisão do ministro da Defesa, Israel Katz, sobre a mobilização dos reservistas ocorre 48 horas depois de o Hamas ter aceitado uma nova proposta dos mediadores — Egito, Qatar e Estados Unidos — para uma trégua de 60 dias com a libertação de reféns "em duas fases".Israel ainda não respondeu formalmente, mas uma fonte governamental disse à AFP que o Governo de Benjamin Netanyahu "não alterou" a política e continua a "exigir a libertação" de todos os reféns "de acordo com os princípios estabelecidos pelo gabinete para pôr fim à guerra". .Acordo aceite pelo Hamas é parecido com outro aprovado por Israel. O que trava agora a luz verde? . Israel anunciou no início do mês que se preparava para "assumir o controlo" da cidade de Gaza e dos campos de refugiados com o objetivo de derrotar o Hamas e libertar as pessoas sequestradas durante o ataque do movimento palestiniano, a 7 de Outubro de 2023, que desencadeou a guerra.O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou no final da semana passada que tinha adotado o novo plano que foi aprovado pelo Gabinete de Segurança, para a nova fase de operações na Faixa de Gaza, apesar da oposição do próprio exército israelita, que teme colocar em risco os reféns que continuam sequestrados no enclave.As famílias dos sequestrados, por sua vez, têm-se manifestando desde então para exigir um acordo integral com o Hamas que ponha fim à guerra e liberte cerca de 50 reféns que continuam na Faixa, dos quais Israel estima que pelo menos 20 ainda estejam vivos.Segundo a AFP, o Exército israelita conquistou na semana passada "aproximadamente 75% do território palestiniano em mais de 22 meses de guerra", intensificou os ataques e operações terrestres na cidade de Gaza e nos campos de refugiados da zona, "considerados os últimos bastiões do Hamas".Por outro lado, de acordo com o portal israelita Walla, citado pela AFP, "a Divisão 99 (do Exército de Israel) está prestes a concluir a conquista do bairro de Zeitoun" na cidade de Gaza, tendo como "próximo alvo" o bairro vizinho de Sabra..Israel anuncia nova fase da ofensiva centrada na cidade de Gaza.Hamas aceita nova proposta de cessar-fogo