Gisèle Pelicot, de 72 anos, à saída do tribunal onde o ex-marido e outros 50 homens foram condenados.
Gisèle Pelicot, de 72 anos, à saída do tribunal onde o ex-marido e outros 50 homens foram condenados.EPA/GUILLAUME HORCAJUELO

Francesa drogada pelo marido e violada por dezenas de homens entre as 100 pessoas mais influentes do mundo

Lista anual da revista Time inclui também nomes como Donald Trump, JD Vance, Keir Starmer, María Corina Machado, Javier Milei e Elon Musk.
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A francesa Gisèle Pelicot, que durante dez anos foi drogada pelo marido e violada por dezenas de homens, foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo de 2025 ela revista norte-americana Time.

A lista anual da publicação, divulgada esta quarta-feira, traz a atriz Demi Moore na capa e inclui nomes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; o vice-presidente norte-americano, JD Vance; o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; a opositora venezuelana María Corina Machado; e o presidente argentino, Javier Milei. O multimilionário Elon Musk e o presidente interino de Bangladesh, o Nobel da Paz Mohammed Yunus, também integram a lista.

Gisèle Pelicot, a francesa que durante anos foi drogada pelo então marido para que pudesse ser violada por dezenas de homens enquanto estava inconsciente, tornou-se no símbolo da luta contra a violência sexual em França, tendo já sido eleita uma das Mulheres do Ano também pela Time.

"Todas as manhãs, quando Gisèle Pelicot chegava de cabeça erguida a um tribunal francês, recusava-se a ser dominada pela ordem patriarcal que, por tanto tempo, subjugou as mulheres", refere o texto da revista sobre a francesa, assinado pela ativista e escritora Gloria Steinem.

Gisèle Pelicot, de 72 anos, à saída do tribunal onde o ex-marido e outros 50 homens foram condenados.
Gisèle Pelicot, a francesa que se tornou no rosto da luta contra a violência sexual

A revista justificou ainda a escolha do presidente dos Estados Unidos porque "nenhum outro presidente moderno assumiu o controlo do governo dos EUA com tanta força quanto Trump", destacando as demissões, os cortes internos, a eliminação de programas de ajuda humanitária, o "atropelo do Congresso" com o anúncio da aplicação de tarifas e a ameaça de invadir a Gronelândia.

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