Estudo mostra caso de homem que testou positivo durante 232 dias
Um grupo de investigadores do Instituto Pasteur (França), da Universidade de São Paulo e da Fundação Oswaldo Cruz (Brasil) revelaram que têm documentado o caso de um homem de 38 anos que testou positivo à covid-19 durante 232 dias.
No estudo levado a cabo por investigadores destas três entidades a diferença entre homens e mulheres no que diz respeito à duração da atividade viral não é significativa - uma média de 22 dias para o sexo feminino e 33 dias para o masculino. No total, foram seguidos 38 casos para este estudo.
Existiram, porém, três casos atípicos. Num deles, uma mulher testou positivo durante 71 dias e um homem por 81 dias. Nenhum dos dois foi além de sintomas ligeiros e não apresentavam comorbilidades.
O terceiro caso refere-se a um homem de 38 anos que testou positivo à covid-19 durante 232 dias, entre abril e novembro de 2020. Neste período, apenas por três vezes apresentou testes PCR negativos. Este indivíduo tem VIH desde 2018, mas graças ao tratamento com antirretrovirais não apresenta carga viral.
De acordo com os investigadores, o facto de ser seropositivo não justifica o largo período em que testou positivo à covid-19.
"O facto de ser seropositivo não significa que seja mais suscetível a outras infeções, pois é tratado desde que foi diagnosticado. A sua capacidade de resposta a uma infeção por outro agente é comparável à de qualquer outra pessoa. Não está imunodeprimido como os doentes oncológicos, as pessoas com doenças autoimunes ou os transplantados, por exemplo", refere Paola Minoprio, uma das responsáveis pelo estudo, citada pela Europa Press.