Os 27 chegaram esta noite a acordo para embargar as importações de petróleo russo, aprovando uma proposta que permite que alguns países continuem a ser abastecidos "temporariamente" por via terrestre..A proposta que esteve a ser discutida contempla um regime de exceção para o petróleo que chega à Europa através do oleoduto de Druzhba e a proibição total até ao final do ano do petróleo importado por via marítima..O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel afirma que a medida "cobre imediatamente mais de dois terços das importações de petróleo proveniente da Rússia, cortando uma enorme fonte de financiamento para sua máquina de guerra"..O acordo permite ainda que durante um período de 18 meses, a Hungria, República Checa e a Eslováquia continuem a exportar entre si produtos refinados de petróleo proveniente da Rússia..Durante as negociações na cimeira europeia, o primeiro-ministro húngaro exigiu que seja considera uma "clausula de emergência", que permita o abastecimento do país de petróleo russo, por via marítima, no caso de haver um corte no abastecimento terrestre.."Precisamos de uma garantia no caso de haver um acidente com o oleoduto desde a Rússia via Ucrânia, nós teremos direito a receber petróleo russo por outras fontes, se conseguirmos isso, então tudo bem", afirmou Órban à entrada para a reunião..Viktor Orban falou num tom muito duro, acusando a Comissão Europeia de irresponsabilidade, por apresentar uma proposta de sanções sem acautelar previamente uma solução para os países que não dispões de fontes alternativas às importações da Rússia..Crítico com a "atitude irresponsável" de Bruxelas nos vários pacotes de sanções, o primeiro-ministro húngaro lamentou que a estratégia de Bruxelas seja "primeiro aplicar as sanções, e depois começar a pensar sobre as consequências e a procurar soluções". ."Mas agora, por se tratar de energia, é arriscado. A energia é um assunto sério, não é uma brincadeira de crianças", afirmou, apontando que "a situação muito difícil", em que a Hungria se encontra, "por causa da atitude irresponsável da Comissão"..A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen tinha apelado à unidade de todos os líderes, como uma das "chaves do sucesso", da União Europeia. ."O meu apelo a todos os Estados-membros é que temos uma chave para o sucesso, que é a solidariedade com a Ucrânia e unidade da UE, e é nisso que temos de trabalhar", afirmou Von der Leyen, baixando, porém, as expectativas sobre os resultados da cimeira, pouco confiante no desfecho que veio afinal a ser alcançado..Durante a tarde, o Presidente Ucraniano, Volodymyr Zelensky, que interveio por videoconferência, a partir de Kiev apelou aos líderes europeus para "demonstrarem unidade", e "pusessem de parte" as quezílias entre Estados-Membros, sob pena de estarem a "fortalecer" a posição da Rússia.