Internacional
06 agosto 2022 às 12h05

Confirmada morte de Archie. Suporte de vida foi desligado

Depois de uma longa batalha legal, morreu a criança de 12 anos. "O Archie lutou até ao fim e estou muito orgulhosa", anunciou a mãe.

DN

Archie Battersbee, a criança que tem estado a comover Inglaterra e o mundo, morreu este sábado, no Royal London Hospital, em Whitechapel, depois de terem sido desligadas as máquinas de suporte de vida.

Foi a mãe da criança que anunciou a morte de Archie à porta do hospital, de acordo com a Sky News. "O Archie lutou até ao fim e estou muito orgulhosa de ser a sua mãe", disse Hollie Dance.

Archie Battersbee morreu às 12h15. "Retiraram a medicação às 10h da manhã. Os seus níveis permaneceram estáveis até duas horas depois, quando removeram a ventilação", explicou Ella Rose Carter, membro da família.

"Esperamos que nenhuma família tenha de passar pelo que passámos. É bárbaro", disseram.

Após uma longa batalha legal entre os pais do rapaz - Hollie Dance e Paul Battersbee - e a justiça britânica, o Tribunal de Recurso negou a permissão para recorrer da decisão do hospital.

A família da criança chegou a recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos que recusou "interferir com as decisões dos tribunais nacionais para permitir que a retirada do tratamento de suporte de vida [de Archie] prossiga".

Em entrevista à Sky News, Hollie Dance explica que esgotou as suas opções e que nunca irá aceitar a decisão do tribunal. "Fiz tudo o que prometi ao meu menino que faria", disse.

"Tem sido muito difícil. Apesar da cara dura e forte e da aparência que tenho em frente das câmaras, até agora, tenho estado bastante destroçada", admitiu a mãe.

Archie Battersbee, de 12 anos, esteve em coma durante cerca de quatro meses, tendo sido encontrado inconsciente no dia 7 abril. A criança foi encontrada pela sua mãe com uma ligadura à volta do pescoço depois de possivelmente ter participado num desafio online da rede Tik Tok que terá corrido mal.

Os médicos que trataram o rapaz confirmam que se encontrava em morte cerebral e que estava a ser mantido vivo através de uma combinação de intervenções médicas, incluindo ventilação, no Royal London Hospital.