França. Sindicato apela à greve contra deslocalização de call centers da Altice para Portugal
Depois do Magrebe, o grupo francês planeia criar cerca de 5 mil postos de trabalho com a deslocalização de centros para Madagáscar e Portugal, o que para o sindicato CGT é uma ameaça de peso para os cerca de 4 mil colaboradores que em França asseguram este serviço.
De acordo com o Sindicato, "nos call centers que vão ser abertos no Madagáscar, pagam 9 euros/hora. Enquanto em França, em média, pagam uma taxa média de 32 a 33 euros/hora", disse Damien Bornerand, delegado sindical da CGT, citado pelo site da rádio France Info. Não são referidos valores/hora para os call centers em Portugal.
A direção da SFR garante que nenhum prestador de serviços irá perder a sua posição com a abertura de novos centros. De acordo com a France Info, alguns colaboradores irão partir na próxima segunda-feira para Portugal para começar a formação dos trabalhadores portugueses nos call centers da Altice.
O grupo francês, que já assumiu a liderança da PT Portugal, anunciou planos para a criação de 4 mil postos de trabalho em call centers. O primeiro, com 56 trabalhadores e capacidade para 150 posições, abriu no final de maio em Vieira do Minho. Há planos para a abertura de novos centros na Guarda e Castelo Branco, este último com capacidade para 200 postos de trabalho. O recrutamento e a formação dos colaboradores está a ser assegurada pela Randstad.
Os planos do grupo francês também está a gerar preocupação junto do Sindicato dos Trabalhadores da PT, já que alguns dos centros estão a ser criados em localidades onde a PT Contact, empresa detida pela PT Portugal, já tem centros próprios a funcionar. É o caso de Castelo Branco onde em setembro abriu um segundo centro com capacidade para 150 posições, a juntar às 500 já existentes. A PT Contact gere cerca de 30 centros espalhados pelo país, com um total de cerca de 6 mil posições.