Embraer em Évora passa para empresa anunciada com Boeing
A fábrica da brasileira Embraer em Évora deve passar para o controlo da nova empresa que será criada em parceria Boeing, segundo um comunicado enviado hoje aos funcionários.
Obtido pelo portal de notícias brasileiro G1, o comunicado interno assinado pelo presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, diz que sobre a divisão das unidades a direção já decidiu que "ficarão com a joint venture da aviação comercial as unidades Faria Lima, EDE, Taubaté, Évora e Nashville".
"As unidades de Gavião Peixoto, Botucatu, Eugênio de Melo, Ogma [em Lisboa] e Melbourne ficam com certeza na Embraer. Com relação às demais unidades e escritórios, ainda estamos a definir a melhor estratégia", diz o mesmo informativo.
O presidente da Embraer também esclareceu que "em relação às pessoas, ainda há muito a ser detalhado, mas adianto-vos que de forma geral os funcionários hoje dedicados 100% às atividades ligadas à aviação comercial, incluindo equipa de suporte e serviços, irão para a nova empresa".
"Para as equipas dedicadas à defesa e segurança, aviação executiva, aviação agrícola, serviços e suporte, nada muda. O mesmo se aplica às empresas coligadas e subsidiárias. Os funcionários dedicados a mais de uma unidade de negócio ou que atuam em atividades corporativas serão remanejados conforme necessidade da Embraer e da joint venture da aviação comercial. Isso será detalhado futuramente", acrescentou.
A fabricante de aeronaves brasileira Embraer e a norte americana Boeing anunciaram hoje que assinaram um memorando para a criação de uma nova empresa dedicada ao fabrico de aeronaves comerciais no valor de 4,75 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros).
Ao anunciar a intenção de criar esta 'joint venture' (parceria), as empresas informaram que a Boeing deterá 80% da propriedade e a Embraer os 20% restantes.
A Boeing terá o controlo operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente a Dennis Muilenburg, presidente, chairman e CEO da Boeing.
O acordo definitivo entre as duas companhias deve ser assinado até o fim de 2019.
No entanto, para que o negócio seja fechado será preciso obter aprovação do Governo brasileiro, que detém uma 'golden share' (ação com poderes especiais) na Embraer, que lhe permite vetar este tipo de transação.