É já bem antiga a história de amor entre o público português e os Muse, que tocaram pela primeira vez por cá no dia 23 de agosto de 2000, no já extinto festival da ilha do Ermal, em Vieira do Minho. A banda composta por Matthew Bellamy (guitarrista e vocalista), Christopher Wolstenholme (baixista) e Dominic Howard (baterista) tinha acabado de editar o álbum de estreia Showbizz e apesar de desconhecida para a maior parte dos presentes, então mais interessados em assistir aos de Limp Bizkit ou Deftones, conseguiram dar um dos mais elogiados concertos do festival..Desde então tornaram-se presença assídua nos palcos nacionais, em nome próprio ou como cabeças-de-cartaz dos principais festivais nacionais, como no ano passado, no Rock in Rio, onde já haviam tocado também em 2010, sempre com concertos esgotados, como deverá acontecer novamente hoje no Passeio Marítimo de Algés, onde há pouco mais de uma semana decorreu o NOS Alive..A pergunta impõem-se: como é possível, então, uma banda como os Muse não estar presente nos maiores festivais portugueses, sabendo-se de antemão que são sempre garantia de casa cheia? A resposta é dada por Álvaro Covões, da empresa Everything Is New, que organiza o NOS Alive e também traz desta vez os Muse a Portugal. "Os festivais fazem-se com os artistas que a cada ano estão na estrada nesta altura e com as estratégias de promoção de cada um. Por vezes as bandas preferem fazer uma digressão de arenas em nome próprio, especialmente quando têm discos novos", explica o empresário..É o caso dos Muse. No final do ano passado lançaram Simulation Theory, o sucessor do aclamado Drone, editado em 2015 e que então lhes valeu o segundo Grammy da carreira, na categoria de melhor álbum rock - desde o início já lançaram oito álbuns de estúdio, multiplicados por mais de 20 milhões de cópias vendidas por todo o mundo..Uma das bandas mais acarinhadas pelo público português, os Muse, estão de regresso dois anos depois da última visita, para um concerto integrado na programação do Rock in Rio Lisboa, onde foram os cabeças-de-cartaz do primeiro dia do festival, a 23 de junho. O regresso da banda britânica ao Parque da Bela Vista, onde já estiveram há uma década, na terceira edição portuguesa do Rock in Rio e novamente em 2010, sempre com concertos esgotados..Surgidos em 1994, na pequena cidade litoral de Teignmouth, no sul de Inglaterra, depois dos membros da banda se terem conhecido no liceu local, chamavam-se na altura Rocket Baby Dolls. Com uma estética musical algures entre o gótico e o glam rock, venceram um concurso local de bandas, mas foi já como Muse que foram convidados para abrir os espetáculos dos Skunk Anansie em Londres e Manchester e para atuar no regressado festival de Woodstock, nos Estados Unidos. Quando o disco de estreia, Showbizz, é finalmente editado, em 1999, já são uma banda de culto junto dos fãs mais atentos às novidades do rock alternativo..Depois do tal concerto no Ermal, regressariam a Portugal em 2002, um ano depois de lançarem o segundo disco, Origin of Symmetry, para dois primeiros espetáculos na Aula Magna, em Lisboa, e no Hard Club, no Porto, naquela que terá sido a última oportunidade para ver a banda verdadeiramente olhos nos olhos. A partir daí nada mais seria igual, com os Muse a ascenderem de vez à primeira liga do rock mundial. Desde então já passaram pelo Sudoeste (também em 2002), Super Bock Super Rock (2004), Campo Pequeno (2006), Rock in Rio Lisboa (2008, 2010 e 2018), Pavilhão Atlântico (2009), Estádio do Dragão (2013), NOS Alive (2016) e novamente Meo Arena (também em 2016)..Das orquestrações clássicas de Absolution (2003) à eletrónica de Black Holes and Revelations (2006), da militância política de The Resistance (2009) ao rock mais direto do último Drone (2015), tudo cabe dentro do vasto universo estético da banda, em tempos apelidada de "os novos Queen", pelo modo como se consegue reinventar a cada disco..É, no entanto, ao vivo que os Muse melhor provam o porquê disto tudo. Como o público português, uma vez mais, terá oportunidade de comprovar neste concerto em nome próprio, que mais parece um festival privado. Não só pela dimensão do recinto mas também pelos restantes artistas que vão passar pelo palco: os americanos Mini Mansions e o britânico Miles Kane, também conhecido por ser um dos vocalistas e guitarristas dos Last Shadow Puppets..Não falta sequer uma experiência exclusiva para os fãs, a Muse 'Simulation Theory' Enhanced Experience, que inclui um bilhete premium com entrada antecipada para a primeira fila e acesso a uma festa pré-concerto, desenvolvida pela Microsoft, onde poderão experimentar três jogos de realidade virtual baseados em músicas do novo álbum. Custa 359 euros, e, segundo o site oficial da digressão, já esgotou para o concerto em Portugal..Muse.Passeio Marítimo de Algés, Oeiras. 24 de julho, quarta-feira, 19.00. Bilhetes de 56 a 75 euros.
É já bem antiga a história de amor entre o público português e os Muse, que tocaram pela primeira vez por cá no dia 23 de agosto de 2000, no já extinto festival da ilha do Ermal, em Vieira do Minho. A banda composta por Matthew Bellamy (guitarrista e vocalista), Christopher Wolstenholme (baixista) e Dominic Howard (baterista) tinha acabado de editar o álbum de estreia Showbizz e apesar de desconhecida para a maior parte dos presentes, então mais interessados em assistir aos de Limp Bizkit ou Deftones, conseguiram dar um dos mais elogiados concertos do festival..Desde então tornaram-se presença assídua nos palcos nacionais, em nome próprio ou como cabeças-de-cartaz dos principais festivais nacionais, como no ano passado, no Rock in Rio, onde já haviam tocado também em 2010, sempre com concertos esgotados, como deverá acontecer novamente hoje no Passeio Marítimo de Algés, onde há pouco mais de uma semana decorreu o NOS Alive..A pergunta impõem-se: como é possível, então, uma banda como os Muse não estar presente nos maiores festivais portugueses, sabendo-se de antemão que são sempre garantia de casa cheia? A resposta é dada por Álvaro Covões, da empresa Everything Is New, que organiza o NOS Alive e também traz desta vez os Muse a Portugal. "Os festivais fazem-se com os artistas que a cada ano estão na estrada nesta altura e com as estratégias de promoção de cada um. Por vezes as bandas preferem fazer uma digressão de arenas em nome próprio, especialmente quando têm discos novos", explica o empresário..É o caso dos Muse. No final do ano passado lançaram Simulation Theory, o sucessor do aclamado Drone, editado em 2015 e que então lhes valeu o segundo Grammy da carreira, na categoria de melhor álbum rock - desde o início já lançaram oito álbuns de estúdio, multiplicados por mais de 20 milhões de cópias vendidas por todo o mundo..Uma das bandas mais acarinhadas pelo público português, os Muse, estão de regresso dois anos depois da última visita, para um concerto integrado na programação do Rock in Rio Lisboa, onde foram os cabeças-de-cartaz do primeiro dia do festival, a 23 de junho. O regresso da banda britânica ao Parque da Bela Vista, onde já estiveram há uma década, na terceira edição portuguesa do Rock in Rio e novamente em 2010, sempre com concertos esgotados..Surgidos em 1994, na pequena cidade litoral de Teignmouth, no sul de Inglaterra, depois dos membros da banda se terem conhecido no liceu local, chamavam-se na altura Rocket Baby Dolls. Com uma estética musical algures entre o gótico e o glam rock, venceram um concurso local de bandas, mas foi já como Muse que foram convidados para abrir os espetáculos dos Skunk Anansie em Londres e Manchester e para atuar no regressado festival de Woodstock, nos Estados Unidos. Quando o disco de estreia, Showbizz, é finalmente editado, em 1999, já são uma banda de culto junto dos fãs mais atentos às novidades do rock alternativo..Depois do tal concerto no Ermal, regressariam a Portugal em 2002, um ano depois de lançarem o segundo disco, Origin of Symmetry, para dois primeiros espetáculos na Aula Magna, em Lisboa, e no Hard Club, no Porto, naquela que terá sido a última oportunidade para ver a banda verdadeiramente olhos nos olhos. A partir daí nada mais seria igual, com os Muse a ascenderem de vez à primeira liga do rock mundial. Desde então já passaram pelo Sudoeste (também em 2002), Super Bock Super Rock (2004), Campo Pequeno (2006), Rock in Rio Lisboa (2008, 2010 e 2018), Pavilhão Atlântico (2009), Estádio do Dragão (2013), NOS Alive (2016) e novamente Meo Arena (também em 2016)..Das orquestrações clássicas de Absolution (2003) à eletrónica de Black Holes and Revelations (2006), da militância política de The Resistance (2009) ao rock mais direto do último Drone (2015), tudo cabe dentro do vasto universo estético da banda, em tempos apelidada de "os novos Queen", pelo modo como se consegue reinventar a cada disco..É, no entanto, ao vivo que os Muse melhor provam o porquê disto tudo. Como o público português, uma vez mais, terá oportunidade de comprovar neste concerto em nome próprio, que mais parece um festival privado. Não só pela dimensão do recinto mas também pelos restantes artistas que vão passar pelo palco: os americanos Mini Mansions e o britânico Miles Kane, também conhecido por ser um dos vocalistas e guitarristas dos Last Shadow Puppets..Não falta sequer uma experiência exclusiva para os fãs, a Muse 'Simulation Theory' Enhanced Experience, que inclui um bilhete premium com entrada antecipada para a primeira fila e acesso a uma festa pré-concerto, desenvolvida pela Microsoft, onde poderão experimentar três jogos de realidade virtual baseados em músicas do novo álbum. Custa 359 euros, e, segundo o site oficial da digressão, já esgotou para o concerto em Portugal..Muse.Passeio Marítimo de Algés, Oeiras. 24 de julho, quarta-feira, 19.00. Bilhetes de 56 a 75 euros.