Fontainhas Fernandes: "Criar um filho sozinho não é uma doença. Pelo contrário, é uma alegria"

O reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douto e presidente do Conselho de Reitores perdeu a mulher, por doença, quando o filho tinha 6 anos. "Foi sempre a minha prioridade e encarei de forma natural." <em>(Publicado originalmente a 20 de agosto de 2018)</em>
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António Fontainhas Fernandes, 56 anos, confessa que quase por acaso que foi estudar para Vila Real. Em vez de seguir uma tradição familiar como farmacêutico, acabou por se ligar à zootecnia e agronomia. Nunca mais largou a cidade e a universidade transmontana, onde levou a música de esquerda de Sérgio Godinho e dos Trovante nos anos 1980 à cidade conservadora e foi jogador de râguebi durante anos. É reitor da UTAD desde 2013 e uma voz de lucidez em defesa do interior. "Vila Real é a minha cidade, sou um duriense por adoção." Professor catedrático de Bioquímica Ambiental, assume que já teve um ou dois convites da política, rejeitados. "Deve ser uma causa, não um trampolim."

Estamos em Moledo. Sente-se em casa, este é o seu território?

Esta é a minha casa de agosto. Habitualmente, todos os anos é aqui que passo o mês de agosto. Além de descansar nos primeiros dias, é aqui que reflito para o ano de trabalho. Normalmente organizo todo o meu ano aqui em Moledo. Toda a minha atividade profissional para o ano seguinte é organizada aqui mentalmente.

É um hábito muito antigo?

Já escrevi aqui a minha tese de doutoramento nos anos 1980. Refugiei-me aqui 15 dias na Páscoa, depois de muito trabalho experimental, e escrevi a tese. Sempre que preciso de pensar algum tema é aqui que o refúgio funciona.

Desde a infância?

É uma tradição familiar. A família vem toda para Moledo, isto do lado da minha mãe. Do lado do pai, sou originário de Guimarães, iam para a Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Aproximei-me mais da família da minha mãe e aqui encontramos aqueles primos afastados. Todos passam por cá um dia ou outro em agosto. Mesmo os que vivem no estrangeiro. Matamos saudades em Moledo.

Nasceu em Guimarães mas tem raízes em Monção?

Nasci em Guimarães, onde estive até aos 5, 6 anos. Fiz parte da primária e o ensino secundário em Monção e depois fui para Vila Real. O meu património familiar está em Monção. Tenho lá as minhas cepas, os meus bens patrimoniais, a minha família, isso está em Monção.

Foi para Vila Real estudar. Como foi essa escolha?

Fui para Vila Real por engano para a universidade. No meu ano calculei mal as médias. Aquilo que demora muito agora a pensar, que é a escolha da profissão, eu na altura não dei muito significado e apareceu-me na pauta "não colocado". O que é que eu vou fazer? Pensei em ficar mais um ano a estudar para melhorar as notas, mas tinha uma média bastante interessante que me dava muitas oportunidades de colocação. Alguém me disse que em Vila Real ia nascer uma universidade ligada à Agronomia muito interessante e para eu ir lá, não ficar quieto. Fui lá experimentar e fiquei.

Isso ainda na década de 1970? O curso de Agronomia nasceu consigo então?

Foi em 1979. Tirei lá o curso. Na altura, Vila Real era uma cidade muito fechada, onde não havia nada e apetecia fazer muita coisa. A própria relação entre os estudantes e a cidade era muito difícil. Funcionávamos um pouco como forasteiros. Sentia-me muito como nos filmes de John Wayne em que aparece alguém estranho na cidade. Não havia muito do ponto de vista cultural e associativo. Como a maioria dos estudantes eram deslocados, fiz ali enormes amizades, enormes.

Acompanha a universidade e o seu crescimento praticamente desde o início?

A grande luta foi passar a universidade em 1986 [entre 1979 e 1986 era Instituto Superior], foi um dos grandes movimentos em que me envolvi. Foi também criar uma associação académica, criar a própria universidade, quase tudo. Dava vontade de fazer de coisas, não havia nada.

Foi fundador da associação de estudantes?

Havia um embrião de uma associação que não desenvolvia atividades e eu com um conjunto de colegas, não tendo qualquer filiação partidária, porque na altura o movimento estudantil era muito ideológico, criámos uma associação com uma vontade de fazer coisas. Desde logo ter uma sede, arranjar uma fotocopiadora - só havia uma na cidade. Os estudantes não tinham onde tirar uma fotocópia. Agora parece ridículo no mundo da internet em que a moda é acabar com as fotocópias. Levámos os primeiros concertos a Vila Real, organizámos espetáculos do Sérgio Godinho e dos Trovante. Estavam na moda mas não era comum, principalmente numa cidade conservadora, levar a esquerda musical portuguesa. Criamos um cineclube em que não se viam os filmes comerciais. Nasceu um orfeão, uma tuna. Ajudámos a criar uma universidade com um reitor que era uma marca muito forte, que era o professor Fernando Real.

Também jogou râguebi. Era a equipa da UTAD?

Nós criamos tudo e também a equipa de râguebi da UTAD. Um conjunto de colegas tinha jogado râguebi noutros clubes, no Técnico, no CDUP ou no CDUL, e decidimos criar uma equipa académica. O que é certo é que chegámos à primeira divisão e batíamo-nos com os grandes. Chegámos até a contratar jogadores romenos e também um treinador romeno, a troco de um emprego. Os primeiros jogadores da Roménia vieram a troco de um emprego na construção civil, veja lá como eram os tempos.

O que aprendeu com o râguebi?

Além de uma escola de amigos, uma disciplina muito grande. Não é modalidade caótica nem violenta, pelo contrário. Ajuda a ter um foco no meio da confusão - é a bola, sempre.

Praticou muito?

Sempre pratiquei nesse período dos anos 80 e 90. Treinava cinco vezes por semana. Um dos objetivos que tinha era um dia ser treinador de râguebi, como hobby, não como profissional. A equipa terminou recentemente e foi uma das grandes perdas da universidade. Perdeu uma das marcas.

Antes de ir para Vila Real, qual era o objetivo?

Estava muito indeciso entre as áreas de agronomia e de farmácia. Tinha um avô que era farmacêutico e seria dar continuidade a uma tradição familiar que era ter uma farmácia. O grande sonho era entrar numa universidade. Aquilo que hoje é fácil, na altura era muito difícil. Vila Real era desconhecida para mim e acabou por ficar como uma paixão para fazer coisas.

Era o curso de Agronomia o pretendido?

O meu curso era de Zootecnia, dentro da área da Agronomia, e tivemos uma enorme luta para fazer a acreditação na Ordem dos Engenheiros. E também criar condições para estabilizar. A universidade cresceu muito graças a um homem que acreditou que no interior era possível plantar uma universidade, o Fernando Real. A universidade não resulta como a maioria que está em edifícios históricos da cidade que a comunidade oferece para uma instituição. É o caso de Évora e da maioria das instituições. Em Vila Real não. Foram espaços alugados e a própria universidade se construiu num campus. Por isso é que hoje é único. Aquilo era uma quinta a que se adicionaram várias outras e criou-se agora um campus que é um jardim botânico, 120 hectares, e que queremos transformar como exemplo de uma marca não só nacional mas internacional.

Um jardim botânico que é dos maiores da Europa...

Em termos de área é considerado o maior mas a beleza do campus não advém só do número de árvores, são mais de mil espécies. Tem a rede Natura, o contraste das escarpas, tem mesmo um carácter único e criar um ecocampus pode ser diferenciador.

Quando acabou o curso deixou de estar ligado à universidade ou nunca saiu?

Curiosamente, estive sempre ligado a movimentos associativos mas, quando terminei, quis fazer uma rutura e ir para o mundo do mercado de trabalho. Acabei por ir desenvolver atividade para uma empresa privada mas não durei mais de 15 dias. Imediatamente o reitor, como eu era um jovem bastante dinâmico, chamou-me. Abriu um concurso e eu concorri. Acabei por ficar mas não era minha intenção seguir a carreira universitária. Fiz a carreira normal, entrei como assistente estagiário e mais tarde fiz o doutoramento.

Quantos alunos tinha a UTAD quando chegou?

No ano em que entrei tinha 250 alunos. Hoje tem 7000 em permanência.

E com uma oferta muito diversa de ensino...

Foi graça ao professor Real que se alargou a oferta a várias áreas. Do ensino, do desporto, da veterinária e cresceu, ao lado do ensino superior português. Houve uma expansão muito grande e até excessiva em termos de oferta educativa. Não era esse o sentido da UTAD. Sempre defendi que as universidades localizadas nos territórios do interior deviam ter um carácter diferenciador e que não imitassem as outras. Temos de marcar a diferença.

Foi de professor a diretor de escola até chegar a reitor?

Fiz um percurso em que após o doutoramento desempenhei algumas funções nos órgãos diretivos, na assembleia da universidade a que hoje corresponde o conselho geral. Depois fiz os lugares de diretor de departamento, diretor de curso. Foi como na carreira autárquica, em se começa como presidente da junta. Depois houve um lugar, em que as funções foram fundamentais para perceber a universidade toda, que foi ser secretário do conselho científico. Era aquela pessoa que sabia de tudo sobre a universidade. Quais são as áreas deficitárias, onde deve crescer. Fiquei com uma radiografia que ainda hoje mantenho. Percebo bem hoje as dinâmicas internas dos departamentos. Foi um cargo que as pessoas não valorizam mas para mim foi o mais importante.

Fez o doutoramento fora?

Fiz ligado ao Instituto de Ciências Biomédicas Dr. Abel Salazar, no Porto. Tive um grande orientador, o professor João Coimbra, um homem que me abriu muitos horizontes e com grandes qualidades humanas. Colocou-me a fazer parte do doutoramento no estrangeiro, em França. Ganhei um conhecimento mais global. Ele também nos obrigava a ir a congressos expor comunicações.

Acabou por criar uma forte ligação à cidade de Vila Real? É a sua cidade?

Nós contestamos muito a cidade enquanto estudantes mas depois ficamos muito ligados afetivamente. Sim, é a minha cidade. Sou um duriense por adoção.

Constituiu família mas ficou viúvo muito cedo. O que mudou na sua vida com esse momento?

Mudou só a responsabilidade de criar um filho de uma forma única. O que então poderia ser confuso, um homem ficar sozinho com um filho, hoje em dia é normal. Há muitos homens e mulheres a criarem filhos sozinhos. Encarei com muita responsabilidade e segui a minha vida de forma normal.

O seu filho era criança?

O meu filho ficou sem a mãe aos 6 anos [hoje tem 17], com a morte dela com um problema oncológico. Já estávamos preparados, era uma doença de uma gravidade extrema e na família sabíamos disso. A morte também se prepara.

Sentiu-se pai e mãe ou basta ser pai?

A minha prioridade foi sempre o meu filho e um dos motivos que me levam a estar aqui em Moledo no mês de agosto é que ele fica mais apoiado familiarmente. Está com os primos, os tios e com muita gente. Tenho a noção de que se eu amanhã partisse ele não ficava sozinho, tem uma grande rede. Encarei tudo de forma natural.

Não teve dificuldades?

Uma família quando passa por uma doença grave começa a relativizar os problemas da vida. Hoje tudo é problema, somos a sociedade do cansaço e tudo é stress. Acho que na vida há dois grandes problemas, ou a precariedade de emprego, com profissões a desaparecer e a afetar pessoas com 50 anos, ou uma doença grave, que seja incapacitante. Quando temos essa experiência, de viver um grande problema, isso dá uma ajuda para encarar a vida melhor. Criar um filho sozinho não é uma doença. Pelo contrário, é uma alegria.

Os problemas que a vida coloca têm sempre solução?

Ficamos mais fortes, como as plantas. Passados dois anos ou três de a minha esposa morrer tive um irmão com o mesmo problema e acompanhei-o sempre. Vi aquilo como uma responsabilidade.

O facto de ser homem gerou alguma dificuldade?

Até deu situações com alguma piada. Não sou assim tão casmurro... Nas reuniões de pais só iam mães e eu acabava por ser escolhido como delegado de pais. Tem esse nome mas era sempre tudo mães. Achava piada porque a maioria das pessoas não tinha problemas com isso. A dificuldade e a responsabilidade de criar um filho pareciam demasiado grandes e acho que deve ser feito com mais calma, de forma natural. O que interessa é dar responsabilidade e autonomia aos filhos. Isso é o mais importante. Depois é preciso ter um bocado de sorte. Para que tudo corra bem.

Ele nasceu em Vila Real?

Sim.

É muito diferente ser de Vila Real ou do Porto ou de Lisboa?

Sem dúvida. Vejo que o país tem de fazer alguma coisa, não de uma forma reivindicativa, é mesmo uma questão e uma responsabilidade nacional. Portugal tem dois grandes problemas. Um é a questão demográfica, outro é o abandono do interior. Isto vai causar um problema enormíssimo nesta faixa entre Lisboa e Porto, em que os habitantes vão ficar com uma vida infernal. Fica mais cara, as pessoas vivem com menos tempo, vivem menos, a possibilidade de conflitos aumenta, com naturezas diferentes. O interior é um bom sítio para criar filhos, para ter um projeto de vida, seja para jovens casais ou para se dedicar à aposentação. Outra grande preocupação é que as universidades devem ter um papel fundamental sobre o ambiente e as alterações climáticas. Isto está mesmo a mudar e vê-se no flagelo dos incêndios a nível europeu. As universidades devem ser o exemplo, ter nos programas formação para a necessidade de mudar o estilo de vida.

As universidades devem ser uma fonte de lucidez nas questões científicas?

Não me revejo no facto de as universidades estarem só preocupadas com as questões do orçamento e reivindicativas. Devem ser locais para formar pessoas melhores, mais conscientes. É preciso perceber que todos nós temos de participar. Os desafios serão grandes, temos uma nova geração que já não vê televisão e os professores com mais de 50 anos têm outra cultura. Além disso, o futuro irá exigir novas formações, ao longo da vida, às universidades.

Nestas temáticas, seja a interioridade ou as alterações climáticas, não teme que a discussão se eternize? No caso da desertificação, já falamos disso há anos...

Tenho escrito alguns escritos em que apelo a que todos partidos inscrevam isso nos respetivos programas. Vamos ter um ano eleitoral recheado e quer nas europeias quer nas legislativas isto devia ser um tema central de todos os partidos. Isto não é uma questão de quem está no governo. Não se resolve em quatro anos. É preciso criar um programa como fez a Irlanda, que tem um programa para o desenvolvimento integrado até 2040, em que praticamente disse que iria investir nas regiões mais deprimidas do ponto de vista populacional. Isto tem de ser feito de forma integrada e não reivindicativa ou muito à portuguesa, de quem não berra não mama. Era bom entregar a pessoas independentes, que não vissem ali uma rampa para a sua progressão política, e que pensassem no país. Em Portugal vive-se muito na guerra dos votos e nessa lógica só faz sentido desenvolver o litoral porque aí é que há votos.

Nunca se interessou muito pela política ativa?

Gosto muito da causa política. Agora o que eu acho é que devemos ter uma profissão e as pessoas poderão dar o salto para a política se tiverem mostrado na sociedade qualidade no desempenho de determinadas funções, qualquer que seja a área. Por outro lado, os convites que tive nunca me fascinaram.

Já foi convidado?

Uma ou duas vezes fui abordado no sentido de exercer cargos políticos mas não me interessaram. A política deve ser encarada como uma causa e uma missão. Não pode ser um trampolim.

A política não tem de ser só exercida de forma partidária?

Gosto mais do exercício da cidadania e sinto-me mais à vontade.

Mas tem participado em eventos, como conferências ou debates, organizados por diferentes partidos...

No ano passado posso dizer que estive no PS, no PSD e no BE. Não tenho quaisquer problemas. Agora não mudo o meu discurso consoante o partido, defendo as minhas convicções.

Quando chegou a presidente do Conselho de Reitores, cumpriu um objetivo?

Foi um acidente. Curiosamente, falaram-me nisso há um ano e estava eu aqui em Moledo. A sucessão seria em outubro e fui desafiado. Um dos motivos que me levaram a aceitar foi "por que não ser o reitor de uma universidade pequena, do interior, que defende a coesão, a assumir esse lugar?" Achei que podia marcar a diferença.

Como é o dia-a-dia do reitor? Passa o tempo em reuniões?

Não gosto muito de reuniões, prefiro ir ter com as pessoas. Se há alguma coisa a resolver em determinada área, vou ao edifício, em vez de receber a pessoa de forma majestática. A minha agenda diária é reunir no local onde as pessoas trabalham, não passo muito tempo no gabinete. Isto na agenda interna, mas cada vez mais o reitor é um lugar de relações públicas. Não só de representação da instituição mas estar atento ao que se passa no mundo e no país. O reitor clássico que se depositava de manhã na universidade e era como um médico a receber pessoas, isso desapareceu. Tem de ir ver onde estão os problemas e estar aberto ao mundo.

Ainda é um cargo ocupado por homens em maioria?

Há mais mulheres do que homens nas universidades, mas nos lugares de topo ainda impera o masculino. Em 15 reitores há três mulheres. Mas isso é algo que vai mudar de forma natural.

Quando está livre a que dedica o seu tempo?

Tenho o hábito de ler os jornais, seja em formato papel ou digital. Gosto muito de todos os dias fazer uma caminhada de uma hora, seja de manhã cedo ou ao fim da tarde. Gosto de uma hora para mim, para limpar. E ler, sobretudo aquilo que é diferente. Gosto de ler os autores novos, para perceber as novas dinâmicas da sociedade.

Portugueses?

Já li os clássicos e nos últimos dois ou três anos tenho dedicado muita atenção aos portugueses, sobretudo os autores da nova geração, o Gonçalo M. Tavares, o Nuno Camarneiro, o Pedro Mexia ou o Valter Hugo Mãe. É importante saber como retratam a sociedade, como veem hoje o mundo. O tema de Portugal e da portugalidade também me interessa muito. Gosto de autores como Miguel Real e Onésimo Teotónio de Almeida.

E qual é o lugar de Portugal no mundo?

Somos um país pequeno, muito virado para dentro e mas sempre tivemos pessoas que fizeram a diferença. Temos gente doutorada em todo o mundo em que os países onde estão já não abdicam deles. Não estamos a conseguir agarrá-los cá mas eles impõem-se no mundo. Portugal não é tão periférico como nós pensamos. O sul está próximo do norte de África e do Mediterrâneo, e temos um capital politico que é desperdiçado, que é o mundo ibero-americano. Portugal e Espanha podem ter uma força muito grande a nível mundial. O Chile é um país desenvolvido, ao nível da Europa, a Argentina desenvolve-se, a Colômbia deu um salto enorme e acho que Trump vai fazer que o México se vire mais para a Europa. Para já não falar no Brasil, com vários países dentro. Portugal e Espanha podem desta forma ter um papel determinante no futuro da Europa.

(Publicado originalmente a 20 de agosto de 2018)

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