A vista do Okah é espectacular, com o Cristo Rei e a Ponte 25 de Abril em destaque no céu azul, mas não deixo de comentar com Luís Barradas, chef setubalense deste restaurante lisboeta, que até parece traição o nosso brunch ter o Tejo em fundo e não o Sado, o nosso Sado, o rio da cidade onde ambos nascemos. Mas tal como eu trabalho num jornal lisboeta, agora com sede perto do estádio do Benfica, o Luís ganha a vida num dos sítios mais bem frequentados do cais da Rocha do Conde Óbidos, com um Rooftop onde se pode comer uma tábua de queijos e enchidos (o nosso "brunch" das 17 horas!) ou o restaurante propriamente dito, que na apresentação fala do meu convidado/anfitrião assim: "O nosso chef Luis Barradas vive e trabalha entre dois rios, mas é pelo Sado que nutre o verdadeiro amor. O seu estuário está repleto de uma fauna e flora incríveis e pelas suas margens colhe, pesca e coleta vários dos ingredientes que utiliza na sua cozinha. Esta caracteriza-se por uma alma profundamente portuguesa mas com um sentimento japonês, impossível de dissociar da sua paixão por este país do Oriente, o qual visitou, onde trabalhou e estagiou diversas vezes levando sempre a sua cidade ao peito".