"Na madrugada de 5 de outubro de 1910 terminava a monarquia em Portugal. Tratou-se de um fim anunciado - os próprios monárquicos consideravam que um golpe, ou uma revolta, estaria iminente. O resultado da revolução, em que participaram civis organizados e um importante núcleo de militares, esteve incerto durante a noite de 4 para 5 de outubro. Esta incerteza levou ao suicídio de um dos heróis da Revolução - Cândido dos Reis, o homem que é considerado como o chefe militar do momento. Na manhã seguinte, alguns dirigentes republicanos acompanham José Relvas, que, na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa, proclamou o novo regime. Contrariando as expectativas, a Primeira República vai revelar-se, afinal, um tempo conturbado, com cisões entre as figuras políticas mais significativas do momento. Muitos republicanos da primeira hora desiludem-se com o radicalismo que se afirma, sucedem-se os chefes de Estado e as ameaças à estabilidade do regime e do país.".Assim descrevia o DN os acontecimentos daquele dia, identificando os protagonistas, cem anos depois do 5 de Outubro de 1910, dia da Proclamação da República. Pode relê-lo aqui:.artigo1670963.No dia 6, imediatamente a seguir à mudança, relatava o DN "ao povo português" a constituição do governo provisório da República. "A 5 de outubro de 1910, às 11 horas da manhã, foi proclamada a República de Portugal na sala nobre dos paços do município de Lisboa, depois de terminado o movimento da Revolução nacional. Constituiu-se imediatamente o governo provisório: Presidência, Dr. Joaquim Theofilo Braga; Interior, Dr. António José d'Almeida; Justiça, Dr. Affonso Costa; Fazenda, Brazilio Telles; Guerra, António Xavier Correia Barreto; Marinha, Amaro Justiniano de Azevedo Gomes; Estrangeiros, dr. Bernardino Luiz Machado Guimarães; Obras Públicas, dr. António Luiz Gomes.".Seguiam-se relatos pormenorizados dos acontecimentos, reproduções de cartas e discursos de entidades oficiais, descrições de incidentes, antevisões das medidas do novo governo.
"Na madrugada de 5 de outubro de 1910 terminava a monarquia em Portugal. Tratou-se de um fim anunciado - os próprios monárquicos consideravam que um golpe, ou uma revolta, estaria iminente. O resultado da revolução, em que participaram civis organizados e um importante núcleo de militares, esteve incerto durante a noite de 4 para 5 de outubro. Esta incerteza levou ao suicídio de um dos heróis da Revolução - Cândido dos Reis, o homem que é considerado como o chefe militar do momento. Na manhã seguinte, alguns dirigentes republicanos acompanham José Relvas, que, na varanda dos Paços do Concelho em Lisboa, proclamou o novo regime. Contrariando as expectativas, a Primeira República vai revelar-se, afinal, um tempo conturbado, com cisões entre as figuras políticas mais significativas do momento. Muitos republicanos da primeira hora desiludem-se com o radicalismo que se afirma, sucedem-se os chefes de Estado e as ameaças à estabilidade do regime e do país.".Assim descrevia o DN os acontecimentos daquele dia, identificando os protagonistas, cem anos depois do 5 de Outubro de 1910, dia da Proclamação da República. Pode relê-lo aqui:.artigo1670963.No dia 6, imediatamente a seguir à mudança, relatava o DN "ao povo português" a constituição do governo provisório da República. "A 5 de outubro de 1910, às 11 horas da manhã, foi proclamada a República de Portugal na sala nobre dos paços do município de Lisboa, depois de terminado o movimento da Revolução nacional. Constituiu-se imediatamente o governo provisório: Presidência, Dr. Joaquim Theofilo Braga; Interior, Dr. António José d'Almeida; Justiça, Dr. Affonso Costa; Fazenda, Brazilio Telles; Guerra, António Xavier Correia Barreto; Marinha, Amaro Justiniano de Azevedo Gomes; Estrangeiros, dr. Bernardino Luiz Machado Guimarães; Obras Públicas, dr. António Luiz Gomes.".Seguiam-se relatos pormenorizados dos acontecimentos, reproduções de cartas e discursos de entidades oficiais, descrições de incidentes, antevisões das medidas do novo governo.