"O governo condena energicamente os atentados contra pessoas e bens", lê-se na primeira página do DN de 6 de novembro de 1974. O título da notícia referia-se ao assalto à sede do CDS, na Rua do Caldas, em Lisboa, meses depois da revolução do 25 de Abril..Sobre este incidente, o governo afirmou que "determinados grupos efetuaram um assalto à sede do CDS", tendo praticado "atentados contra pessoas e bens". Dizia ainda que os responsáveis iriam ser julgados e iriam responder pelos prejuízos causados..A posição do executivo podia ler-se no comunicado divulgado após a realização de uma reunião do Conselho de Ministros. Além de condenar o assalto, o governo referia ainda que as "ações praticadas não só são objetivamente proibidas pela lei penal como, politicamente, servem nacional e internacionalmente as forças reacionárias, interessadas em estorvar e desprestigiar o processo de democratização e descolonização em curso no nosso país"..O DN publica ainda com destaque principal nesta primeira página o teor do comunicado das Forças Armadas que se refere ao MFA (Movimento das Forças Armadas) numa altura em que o país atravessava dias agitados poucos meses depois da Revolução dos Cravos.."As soluções de tendência socialista representam o sentido progressista da revolução do 25 de Abril", lê-se no título da notícia sobre o comunicado que foi divulgado "a propósito de interpretações incorretas sobre a ligação do Movimento das Forças Armadas com partidos ou movimentos políticos"..No documento era declarado que o MFA estava "acima dos partidos políticos, aceitando todos os que não se oponham ao seu programa".